Após acumular queda de mais de 10% em maio, a Bolsa brasileira inicia o mês de junho no terreno positivo, se beneficiando do melhor humor externo e do fim da paralisação dos caminhoneiros. O Ibovespa, principal índice de ações local, sobe 1,54%, aos 77.939 pontos. Já o dólar comercial opera em queda de 0,26% ante o real, cotado a R$ 3,727.
A menor aversão aos riscos dos investidores ocorre mesmo com o aumento das tensão comerciais. Na quinta-feira, o governo americano aplicou uma sobretaxa para as importações de aço e alumínio provenientes do Canadá, México e da União Europeia. Pela manhã, saíram dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que mostraram que a taxa de desemprego é amenor em cerca de cinco décadas.
“Agentes locais deverão repercutir as medidas publicadas ontem pelo governo para atender as reivindicações dos caminhoneiros e monitorar a reunião do presidente Michel Temer com Pedro Parente, presidente da Petrobras. O governo definiu como irá ressarcir a estatal pelo preço do diesel e estabeleceu que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) que formará o valor, e não a Petrobras”, avaliou Guilherme França Esquelbek, analista da Correparti Corretora de Câmbio.
No exterior, o “dollar index”, que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, opera em alta de 0,19%.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, as preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras sobem 3,26%, cotadas a R$ 19,60. Já as ordinárias (ONs, com direito a voto) têm valorização de 2,38%, a R$ 22,72.
No caso da Vale, a alta é de 1,56%. Os bancos, de maior peso na composição do índice, também operam com ganhos. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco sobem, respectivamente, 2,04% e 2,67%.
