segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Trump exige de Cuba abertura do regime. Claro! E tem que soltar presos políticos e prender corruptos, inclusive militares

O republicano Donald Trump realiza primeiro discurso em Manhattan após derrotar Hillary Clinton e vencer as eleições presidenciais americanas - 09/11/2016
O republicano Donald Trump realiza primeiro discurso em Manhattan após derrotar Hillary Clinton e vencer as eleições presidenciais americanas - 09/11/2016 (Mike Segar/Reuters)

Com Veja e EFE


No domingo, o futuro chefe de gabinete, Reince Priebus, disse que Trump esperará "alguns movimentos" do governo de Cuba para decidir como serão as relações


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que porá um fim ao “acordo” com Cuba se o governo da ilha comunista não promover a abertura do regime.
“Se Cuba não está disposta a fazer um acordo melhor para o povo cubano, e os cubano-americanos em seu conjunto, porei um fim no acordo”, tuitou o magnata.
Durante as primárias, Trump foi o único candidato republicano que apoiou a abertura com Cuba, mas, em sua busca por votos na Flórida nas eleições gerais, prometeu que “revogaria” as medidas executivas do presidente Barack Obama, “a não ser que o regime dos Castro” restaurasse “as liberdades na ilha”.
O futuro chefe de gabinete, Reince Priebus, disse no domingo que Trump esperará “alguns movimentos” do governo de Cuba para decidir como serão as relações. Se nada ocorrer, o republicano reverterá a aproximação iniciada em 2014.
“Não vamos ter um acordo unilateral com Cuba sem algumas mudanças no governo”, indicou Priebus em entrevista à FoxNews, após citar temas como a repressão, presos políticos e liberdades na ilha.
Ao comentar a morte de Fidel, Trump chamou o ex-líder cubano de “brutal ditador” e prometeu que seu governo “fará o possível para garantir que o povo de Cuba possa iniciar finalmente o caminho em direção à prosperidade e à liberdade”.
Em comunicado, Trump disse que Fidel “oprimiu seu próprio povo” e deixou um “legado de fuzilamentos, roubo, sofrimento inimaginável, pobreza e negação de direitos humanos fundamentais”.
Desde dezembro de 2014, os governos de Obama e Raúl Castro restabeleceram as relações diplomáticas, abriram embaixadas nas respectivas capitais e retomaram os voos comerciais diretos entre os dois países. No entanto, o presidente democrata não conseguiu apoio suficiente no Congresso, controlado pelos republicanos, para derrubar o embargo imposto à ilha.