— Mantemos nossa meta de desinvestir US$ 15,1 bilhões entre 2015 e 2016, o que significa que novas transações devem ser anunciadas até o fim do ano — disse Parente, sem especificar com quais empresas a Petrobras vem conversando para venda de ativos.
Para 2017 e 2018, disse Parente, também está mantida meta de desinvestir US$ 19,5 bilhões, totalizando US$ 34,6 bilhões nesses quatro anos.
O presidente da Petrobras disse que uma política de preços mais transparente para diesel e gasolina, anunciada recentemente pela empresa, sempre foi uma grande demanda do setor de etanol. Parente foi presidente do Conselho da Única (União da Industria da cana de açúcar).
— É uma política que é baseada no preço do barril do petróleo Brent mais a taxa de câmbio. A isso se somam a margem de risco, tributos e a gente chega ao valor do produto — disse ele, lembrando que estas são variáveis que não podem ser controladas pela estatal.
Mais importante do que a política, disse Parente, é o fato de que a decisão sobre o preço do diesel e da gasolina é tomada formalmente por um comitê pelo menos uma vez por mês.
Parente observou que o fato de o preço da gasolina ter sido reduzido duas vezes não significa que este será "um comportamento permanente, porque como eu disse não depende da empresa, mas do mercado internacional e da taxa de câmbio, que estão fora do alcance da empresa. Portanto, tanto pode descer quanto pode subir".
Nas decisões do Grupo Executivo de Mercado e Preços, a Petrobras pode manter, reduzir ou aumentar os preços dos combustíveis nas refinarias, segundo a nova política da empresa anunciada em outubro.
Parente afirmou que independente da Operação Lava Jato, a Petrobras teria que reduzir pessoal, custos operacionais e investimentos e ter disciplina financeira, já que a oferta de petróleo supera muito a demanda, o que derrubou o preço do barril para abaixo de US$ 50.
— A Petrobras está fazendo este programa e teria que fazer de qualquer jeito mesmo se não existe a Lava Jato — afirmou Parente.