Um novo filme sobre Jacqueline Kennedy, uma das mulheres mais fotografadas –e ainda assim discretas– do século 20, tenta se sobrepor à sua mística misturando acontecimentos reais com a imaginação na semana posterior ao assassinato de seu marido, o então presidente norte-americano John. F. Kennedy, em 1963.
"Jackie" estreia nos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta-feira (2) e chega aos cinemas brasileiros em fevereiro. A Reuters conversou recentemente com a atriz Natalie Portman sobre sua atuação elogiada pela crítica. A seguir, alguns trechos editados da entrevista.
Divulgação | ||
A atriz Natalie Portman em cena de 'Jackie' |
Qual era sua percepção de Jacqueline Kennedy antes deste filme?
Natalie Portman - Eu na verdade nem tinha muito conhecimento sobre ela. Eu, como a maioria das pessoas, estava muito mais familiarizada com ela por meio de suas imagens.
Natalie Portman - Eu na verdade nem tinha muito conhecimento sobre ela. Eu, como a maioria das pessoas, estava muito mais familiarizada com ela por meio de suas imagens.
Qual de suas muitas facetas foi a mais desafiadora de se capturar?
Recriar o assassinato. Você tem muita liberdade quando não sabe realmente o que aconteceu. Quando ela está conversando com o padre ou com sua melhor amiga, ou com Bobby (Kennedy), você tem liberdade para inventar. Mas o assassinato é tão inimaginável, e o filme de Zapruder (do assassinato) é tão emblemático que foi muito assustador fazer algo tão extremo emocionalmente que é restringido pela realidade.
Recriar o assassinato. Você tem muita liberdade quando não sabe realmente o que aconteceu. Quando ela está conversando com o padre ou com sua melhor amiga, ou com Bobby (Kennedy), você tem liberdade para inventar. Mas o assassinato é tão inimaginável, e o filme de Zapruder (do assassinato) é tão emblemático que foi muito assustador fazer algo tão extremo emocionalmente que é restringido pela realidade.
Você fez muitas pesquisas. Qual ajudou mais?
A turnê dela pela Casa Branca em 1962 ajudou muito. Nós a recriamos exatamente, tomada por tomada. Aprendi como seguir exatamente suas cadências, e onde ela faz uma pausa, e também o sotaque. Ela fez toda uma série de entrevistas com o historiador Arthur Schlesinger para ajudar a definir o legado (Kennedy).
A turnê dela pela Casa Branca em 1962 ajudou muito. Nós a recriamos exatamente, tomada por tomada. Aprendi como seguir exatamente suas cadências, e onde ela faz uma pausa, e também o sotaque. Ela fez toda uma série de entrevistas com o historiador Arthur Schlesinger para ajudar a definir o legado (Kennedy).
A família Kennedy teve envolvimento neste filme?
Não. Acho que temos todo o respeito do mundo por eles e só posso imaginar que isso seja doloroso.
Não. Acho que temos todo o respeito do mundo por eles e só posso imaginar que isso seja doloroso.
O que você espera que a plateia tire deste filme?
Esse é o lado bonito do filme que (o diretor chileno) Pablo Larraín fez –ele não indica o que você deveria pensar. Você vê muitos lados diferentes de uma mulher complicada. Vê sua força e sua vulnerabilidade, os momentos em que ela se rebela, os momentos em que ela é muito controlada, sua responsabilidade e sua impulsividade.
Esse é o lado bonito do filme que (o diretor chileno) Pablo Larraín fez –ele não indica o que você deveria pensar. Você vê muitos lados diferentes de uma mulher complicada. Vê sua força e sua vulnerabilidade, os momentos em que ela se rebela, os momentos em que ela é muito controlada, sua responsabilidade e sua impulsividade.