segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Natalie Portman conta como foi incorporar ícone dos EUA em 'Jackie'

Reuters


Um novo filme sobre Jacqueline Kennedy, uma das mulheres mais fotografadas –e ainda assim discretas– do século 20, tenta se sobrepor à sua mística misturando acontecimentos reais com a imaginação na semana posterior ao assassinato de seu marido, o então presidente norte-americano John. F. Kennedy, em 1963.

"Jackie" estreia nos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta-feira (2) e chega aos cinemas brasileiros em fevereiro. A Reuters conversou recentemente com a atriz Natalie Portman sobre sua atuação elogiada pela crítica. A seguir, alguns trechos editados da entrevista.

Divulgação
A atriz Natalie Portman em cena de 'Jackie', um dos filmes que disputam o Leão de Ouro no festival
A atriz Natalie Portman em cena de 'Jackie'
*
Qual era sua percepção de Jacqueline Kennedy antes deste filme?
Natalie Portman - Eu na verdade nem tinha muito conhecimento sobre ela. Eu, como a maioria das pessoas, estava muito mais familiarizada com ela por meio de suas imagens.
Qual de suas muitas facetas foi a mais desafiadora de se capturar?
Recriar o assassinato. Você tem muita liberdade quando não sabe realmente o que aconteceu. Quando ela está conversando com o padre ou com sua melhor amiga, ou com Bobby (Kennedy), você tem liberdade para inventar. Mas o assassinato é tão inimaginável, e o filme de Zapruder (do assassinato) é tão emblemático que foi muito assustador fazer algo tão extremo emocionalmente que é restringido pela realidade.
Você fez muitas pesquisas. Qual ajudou mais?
A turnê dela pela Casa Branca em 1962 ajudou muito. Nós a recriamos exatamente, tomada por tomada. Aprendi como seguir exatamente suas cadências, e onde ela faz uma pausa, e também o sotaque. Ela fez toda uma série de entrevistas com o historiador Arthur Schlesinger para ajudar a definir o legado (Kennedy).
A família Kennedy teve envolvimento neste filme?
Não. Acho que temos todo o respeito do mundo por eles e só posso imaginar que isso seja doloroso.
O que você espera que a plateia tire deste filme?
Esse é o lado bonito do filme que (o diretor chileno) Pablo Larraín fez –ele não indica o que você deveria pensar. Você vê muitos lados diferentes de uma mulher complicada. Vê sua força e sua vulnerabilidade, os momentos em que ela se rebela, os momentos em que ela é muito controlada, sua responsabilidade e sua impulsividade.