- Charles Sholl/Futura Press/Futura Press/Estadão ConteúdoSegundo Cunha, as "tentativas de barganha" para que ele não abrisse o processo de impeachment "partiram do governo de Dilma"
O deputado afastado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse em nota sobre o depoimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, no Senado, que a petista "segue mentindo contumazmente, visando a dar seguimento ao papel de personagem de documentário que resolveu exercer, após a certeza do seu impedimento".
Dilma disse várias vezes, nesta segunda-feira (29) e em outras ocasiões, que a abertura do processo de impeachment contra ela se deve a uma "chantagem" e "desvio de poder" de Cunha para que não fosse julgado no Conselho de Ética da Câmara. Segundo Cunha, as "tentativas de barganha" para que ele não abrisse o processo de impeachment "partiram do governo dela" e não foram aceitas por ele.
Dilma Rousseff discursou pela manhã no Senado durante o julgamento do processo de impeachment. Em seguida, passou a responder a perguntas dos senadores, da defesa e da acusação. O tempo para cada senador fazer as questões é de até cinco minutos. Dilma tem tempo livre para responder.
O desfecho do impeachment ainda não tem data exata definida, mas pode ser conhecido em sessão do Senado na terça-feira (30) ou quarta-feira (31). É quando os 81 senadores deverão votar para condenar ou absolver Dilma. Se Dilma, que foi derrotada nas duas votações anteriores no Senado e em uma na Câmara, conseguir impedir os 54 votos favoráveis ao impeachment, é absolvida e volta ao cargo. Mas, se ao menos 54 senadores votarem contra ela, dará adeus à Presidência.