O Senado Federal aprovou por 61 votos a 20 a deposição de Dilma Rousseff do cargo de presidente da República. Aprovado o impeachment, os senadores decidirão agora, numa segunda votação, se Dilma deve ou não ser condenada à inabilitação para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos, como prevê a Constituição.
Requerida pelo PT, a análise desse segundo tópico será feita separadamente por decisão do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que comanda a sessão. Isso foi feito sob protestos de Fernando Collor, cujo mandato de presidente foi cassado em 1992. Collor recordou que renunciou ao mandato no dia do julgamento. Ainda assim, os senadores o baniram da vida pública por oito anos.
— Atualização feita às 13h40 desta quarta-feira (31): Na segunda votação, os mesmos senadores que afastaram Dilma da Presidência aprovaram a preservação do seu direito de exercer funções públicas. Votaram a favor da inabilitação de Dilma para ocupar cargos públicos 42 senadores, menos do que os 54 votos necessáarios. Votaram contra 36 senadores. Houve 3 abstenções.