O consumo de gás caiu quase 25% no primeiro semestre de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Abegás, a associação das empresas distribuidoras.
As maiores quedas foram nos setores industrial e de geração elétrica -este último perdeu 44% de vendas.
Existe a expectativa de que nos próximos meses o volume se recupere, segundo Augusto Salomon, presidente-executivo da Abegás.
O resultado de junho apresentou uma alta de 6,7% em relação a maio.
Se a economia voltar a crescer, a indústria vai demandar mais. O mesmo em relação à geração de energia elétrica, diz ele.
"A tendência é que seja necessário entrar com as térmicas para complementar reservatórios de hidrelétricas."
Indústria e geração de energia são os maiores consumidores de gás do país -outros, como o uso residencial ou o comercial, tiveram aumentos de volumes, mas eles representam uma parcela menor do total.
O gás em casas, por exemplo, subiu 11,44%. Isso porque as distribuidoras têm obrigação de expandir a rede. Esse é um consumidor cujo consumo flutua menos.
Para as empresas, a relação custo-benefício desse cliente é menos favorável do que outras fontes de recursos.
As distribuidoras precisam investir para chegar até eles, mas o consumo total das residências equivale a cerca de dez indústrias de pequeno porte, afirma Solomon.
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Governo de SP lança edital de PPP para moradia popular
A Secretaria de Estado da Habitação publica nesta terça-feira (30) o edital de licitação da PPP (parceria público-privada) para 11 mil moradias populares na Fazenda Albor, de 2,8 milhões de m².
Localizada na divisa entre Guarulhos, Arujá e Itaquaquecetuba, a área estadual receberá investimento de cerca de R$ 2,8 bilhões -R$ 1,8 bilhão da iniciativa privada.
Os recursos públicos serão de aproximadamente R$ 977,5 milhões, em prestações anuais de R$ 39,1 milhões durante 25 anos.
O edital ficará disponível para consulta pública por 45 dias. O vencedor será a empresa que apresentar o projeto com maior abatimento no investimento público.
A empresa poderá erguer unidades de mercado popular (para quem ganha até R$ 10 mil), que dão mais retorno financeiro, e vender áreas para comércios, serviços e indústrias leves. Terá de viabilizar toda a infraestrutura.
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Liberdade compensa?
O mercado livre de energia ficou 29% menos atrativo para os consumidores de menor porte -os chamados clientes especiais, que utilizam fontes renováveis. O dado é da consultoria Federal Energia.
O motivo é a alta do preço do megawatt-hora comercializado, alta estimulada pelo recente boom no setor.
Entre janeiro e julho deste ano, o número de consumidores do mercado livre subiu 45%, alta puxada pelos consumidores especiais, que saltaram 61% no período.
"Mesmo com a alta de preços, ainda não se observa uma queda na migração", afirma o sócio-diretor, Erick Azevedo.
Em alguns Estados, porém, o retorno já não é tão vantajoso. "É preciso avaliar o perfil da carga e da distribuidora local", diz Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc.
Ceará, Amapá e Acre são os piores colocados no ranking de atratividade.
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Passos de camelo
A produção de bicicletas deve cair 28,6% até o fim deste ano, na comparação com 2015, para um total de 2,5 milhões de unidades, segundo estima a Abraciclo (do setor).
Caso esse cenário se concretize, a fabricação será cerca de metade do que foi em 2010, afirma José Eduardo Gonçalves, da entidade.
"A queda deste ano é um reflexo direto da crise. O setor não foi tão afetado quanto o de automóveis, mais dependente de crédito, mas sentiu a redução da confiança."
De janeiro a julho, a confecção do produto recuou 15,8%, em relação a igual período do ano passado, com total de 375,3 mil bicicletas.
Apesar da queda de produção, o consumidor tem gastado com modelos mais sofisticados, diz Gonçalves. "Houve uma mudança de perfil com a ampliação das ciclovias, e o usuário tem optado por bicicletas mais caras."
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Debate doce
A Unica, união das empresas da cadeia do açúcar e do álcool, vai tentar influenciar legisladores para evitar leis que aumentem impostos sobre bebidas adocicadas, diz Elizabeth Farina, presidente da associação.
O plano é fazer "uma ação sobre agentes públicos e parlamentares para mostrar que [taxar] terá impacto negativo do ponto de vista econômico e não vai almejar os benefícios desejados".
Um estudo da Universidade de Berkley mostra que a cidade passou a cobrar tributos sobre bebidas adocicadas, e o consumo caiu 21%. Haverá um movimento, diz Farina: "Muitos municípios e países vão adotar taxação".
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Nem sobe... Os imóveis de um quarto nos bairros de Moema, Saúde, Jabaquara (zona sul), Itaquera e Itaim Paulista (leste) não tiveram variação de preços de aluguel no mês de julho, segundo o Secovi-SP, entidade do setor.
...nem desce Entre os apartamentos de dois dormitórios, não houve mudança de valor no Brás (leste), Tucuruvi (norte) e Vila Leopoldina (oeste). As unidades com três quartos no Butantã (oeste) também não tiveram variação.
Férias... Os atendimentos médico-hospitalares encabeçam a lista das sinistralidades mais frequentes, com 63,6% das ocorrências em viagens, de acordo com a GTA. Em segundo lugar, estão os cancelamentos de voos (17,3%).
...frustradas Na terceira posição, com 13,3%, vêm os casos de extravio da mala do passageiro. Por último, com 5,78% das ocorrências, estão as solicitações de informação sobre repatriação sanitária (transporte de doente).
Cabelo ao vento A Taiff investiu R$ 7 milhões para desenvolver, nos últimos cinco anos, um tipo de secador, que economiza energia elétrica.
Clube dos 15 O Darwin Starter, de Santa Catarina, selecionará até 15 start-ups para receber mentoria e R$ 170 mil, em troca de participação de 12%.
Campo novo A White Martins investe R$ 4,3 milhões no mercado de defensivos agrícolas, em uma mistura para impermeabilização de bombonas.
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com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA