segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Deu no 'Jornal Nacional': Sérgio Moro manda soltar João Santana e Mônica Moura, marqueiros da dupla corrupta Lula-Dilma

Com TV Globo


O juiz Sérgio Moro mandou soltar o marqueteiro das campanhas de Dilma Rousseff, João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, que passaram cinco meses presos, na Operação Lava Jato. O casal vai responder aos processos em liberdade.
João Santana e Mônica Moura deixaram a sede da Polícia Federal no meio da tarde, acompanhados dos advogados de defesa.
Os dois passaram a colaborar com as investigações. No último depoimento, há onze dias, eles admitiram ter recebido, por meio de caixa dois, US$ 4,5 milhões referentes à campanha de Dilma Rousseff em 2010. Segundo as investigações, o pagamento foi feito por ordem do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Moro: Por que esses pagamentos por fora?
João Santana: Eu acho, juiz, que decorre dessa cultura generalizada de caixa dois.
Ao determinar a soltura, o juiz Sérgio Moro afirmou que é necessário censurar em ambos a naturalidade e a desfaçatez com as quais receberam recursos não contabilizados, o caixa dois, como remuneração de serviços prestados em campanhas eleitorais.
Segundo o juiz, se um ladrão de bancos afirma que outros também roubam bancos, isso não faz qualquer diferença em relação à sua culpa.
O casal responde a dois processos na Lava Jato. Juntos, pagaram fiança de R$ 31,5 milhões. Eles não podem deixar o Brasil e nem ter contato com outros acusados.
João Santana e Mônica Moura também estão proibidos de trabalhar direta ou indiretamente em campanhas eleitorais.
A presidente afastada, Dilma Rousseff, repetiu que o dinheiro a que João Santana e Mônica Moura se referem não foi pago pela organização da campanha, que, naquele momento, já estava encerrada. Segundo Dilma, os pagamentos pendentes passaram a ser de responsabilidade do PT.
O Partido dos Trabalhadores negou as acusações e declarou que as contas da campanha de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
O advogado de João Vaccari Neto disse que o ex-tesoureiro jamais recebeu valores em dinheiro ou via depósito bancário para o PT a título de doação partidária, e negou o caixa dois.