segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Prisões de Bumlai, Delcídio e Esteves provocam insônia coletiva em Brasília. Lula, Dilma, Cunha, Romário...

Com Blog do Felipe Moura Brasil - Veja



– Folha: Bumlai figura como ganhador de R$ 2 milhões em sorteio de título de capitalização pela loteria federal. Petismo é abuso de credulidade.
– STF decreta prisão preventiva do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual que comprou BSI. Ele fica na cadeia – e muita gente, sem dormir.
– Folha: “a decisão de Teori Zavascki de manter André Esteves preso por tempo indeterminado fez evaporar no mundo político e empresarial a tese de que o dono do BTG teria poder suficiente para passar poucos dias encarcerado. Decretada a preventiva, já se diz que ele pode ‘passar um bom tempo’ na cadeia”.
A Lava Jato não pode ser comprada. Ninguém está acima da operação.
– Como dizia o editorial do Estadão no domingo: “Na economia de mercado, os corruptos, qualquer que seja sua posição social, podem acabar atrás das grades. Nos regimes fechados, a nomenklatura está acima e além da lei, ao contrário dos cidadãos comuns, vigiados, controlados e amordaçados.”
– O presidente da Câmara não tem o que temer. Para explicar anotações encontradas na casa do chefe de gabinete de Delcídio do Amaral sobre os R$ 45 milhões que o BTG Pactual supostamente pagou a Eduardo Cunha em troca de uma emenda de MP, Cunha ainda pode contar com a Wikipédia.
É a escola Lula da Silva.
– Cunha, que já chamou a história de “armação”, convocou uma entrevista coletiva para tratar do assunto. Se líder do governo Dilma “armou” contra ele, espera-se que Cunha ataque não apenas Rodrigo Janot, como de costume, mas Dilma também. Eu já separei a pipoca.
– Com a renúncia de André Esteves à presidência do BTG Pactual após sua prisão preventiva, já sabemos o que é necessário para Dilma renunciar.
– IstoÉ: “Em pleno ajuste fiscal, Dilma fica em suíte de R$ 70 mil por dia em Paris”. Como diria Cármen Lúcia: “o escárnio venceu o cinismo”.
– O Globo: Lava Jato apura negócios de Esteves com Bumlai. Segundo documentos, BTG Pactual comprou fazenda de propriedade dos filhos do pecuarista amigo do Lula, em 2012, por R$ 195 milhões(!), “em negócio tido por suspeito pela Receita Federal do Brasil”.
Vai dizer que ganhou sorteio do banco também?
– Segundo relatório de Rodrigo Janot, “investigação adentrou vertente adicional que tangencia muito de perto interesses bastante sensíveis de André Esteves: conforme se viu, o banco BTG Pactual fez negócios altamente improváveis — e escassamente explicáveis — com filhos do pecuarista”.
Forjar contratos para encobrir repasse de propina tem sido comum no entorno de Lula.
– Além dessa transação, segundo o jornal, o BTG participou, no mesmo ano, da reestruturação financeira da empresa São Fernando Açúcar e Álcool, que também pertencia aos filhos de Bumlai. A propósito: alguém ainda acredita que Bumlai usava o nome de Lula sem autorização?
– Tem mais: uma das empresas de Bumlai, a São Fernando Energia, com apenas 7 funcionários, recebeu R$ 104 milhões em julho de 2012 do BNDES, por meio do BTG Pactual e do Banco do Brasil. É muita cartela premiada para uma pessoa só.
– Procuradoria: “André Esteves tem claro interesse de que não venham à tona, em colaborações premiadas, aportes probatórios direta ou indiretamente vinculados a esses assuntos.” Pois é. Passei três meses sendo atacado por mostrar que Esteves tem claro interesse de que não venham à tona certos assuntos.
Agora as autoridades já sabem. E os internautas também.
– Radar: “Família barrará tentativas de Lula e do PT de fazerem ‘ponte’ com Delcídio”. Melhor não atender os telefonemas petistas também.
– “Qualquer tentativa de estabelecer pontes será dinamitada, e não vai nem chegar nele”, diz uma pessoa com acesso a Delcídio e à estratégia de defesa. Lula e PT querem proteger a si próprios, não o senador. É uma ótima estratégia não dar ouvidos a eles.
– Elio Gaspari: “É difícil acreditar que Delcídio e André Esteves estivessem numa operação solo. Esteves não entrou na aventura da Sete Brasil porque estava distraído. Delcídio, por sua vez, sempre foi um suavizador de encrencas petistas. Em 2006 ele contou a Lula que Marcos Valério ameaçava fechar um acordo com o Ministério Público. Nosso Guia falou: ‘Manda ele falar com o Okamotto’. Paulo Okamotto é o fiel escudeiro de Lula”.
Lula, de fato, sempre esteve cercado de escudeiros para fazer o serviço sujo em seu lugar.
Este blog torce para que nem todos sejam fiéis como Okamotto.