O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, afirmou nesta sexta-feira (31) que o pedido do PSDB para uma “auditoria especial” no resultado das eleições não apresenta fatos que possam colocar em xeque o processo eleitoral.
O ministro classificou a ação protocolada nesta quinta-feira (30) pelo partido no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de “incabível” e com potencial para arranhar a imagem do país. (…)
Só o que arranharia a imagem do país seria a recontagem dos votos dar a vitória a Aécio Neves, já que o mundo então saberia que vivemos em Banânia e as urnas eletrônicas são fraudadas. Em compensação, um governo melhor recuperaria a imagem do país mais depressa. De outro modo, ninguém no mundo teria o menor interesse por uma auditoria brasileira, como o ministro bem sabe, embora precise defender a Justiça Eleitoral com essa intimidação barata.
Mas já falei disso aqui. Meu ponto é outro.
No fim da matéria, leio que o coordenador jurídico nacional do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), “afirmou que não se trata de recontagem dos votos, mas de medida para evitar que teorias de que houve fraude no processo continuem sendo alimentadas e pondo em xeque a postura adequada da Justiça Eleitoral. A ação afirma ainda que o intuito da auditoria é ‘dissipar quaisquer dúvidas sobre a intervenção de terceiros na regularidade do processo’.”
Com tamanha subserviência do PSDB ao TSE na hora de exigir – quer dizer, pedir por obséquio alguma coisa, e sem nem se dar ao trabalho de recolher, organizar e verificar as denúncias de fraude para reforçar o argumento, a pizza já está pronta.
Só faltou dizer: desculpe o incômodo, sim?