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Resultado se deve, em grande parte, à diminuição do déficit da balança comercial
Presidente Barack Obama. Mercado de trabalho norte-americano também permanece fortalecido (Kevin Lamarque/Reuters/VEJA)
A economia norte-americana cresceu 3,5% no terceiro trimestre na comparação anual, informou nesta quinta-feira o Departamento do Comércio. O resultado foi sustentado pela queda do déficit comercial. Economistas esperavam um crescimento de 3% entre julho e setembro. Embora o ritmo de crescimento nos investimentos empresariais, moradias e gastos de consumidores tenha desacelerado ante o segundo trimestre, todas essas categorias contribuíram com o crescimento.
Os dados foram publicados um dia depois de o Federal Reserve, banco central dos EUA, ter encerrado seu programa de compra de títulos. Autoridades do Fed disseram que há força suficiente na economia mais ampla.
O déficit comercial menor refletiu uma queda nas importações, que caíram no ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2012. Isso foi atribuído principalmente à queda nas importações de petróleo.
O comércio contribuiu com 1,32 ponto porcentual ao crescimento. Embora existam receios de que o dólar mais forte e a desaceleração das economias chinesa e da zona do euro vão afetar o crescimento das exportações dos EUA, economistas acreditam que o impacto será marginal.
Do lado dos consumidores, apesar de os gastos de consumidores terem avançado menos no terceiro trimestre (1,8%) ante o segundo (2,5%), eles ainda contribuíram com 1,22 ponto porcentual ao crescimento do PIB. Com isso, a inflação ficou contida no período. Os gastos de consumidores são responsáveis por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA.
Os gastos do governo também ajudaram, com gastos do setor de Defesa crescendo no ritmo mais rápido desde o segundo trimestre de 2009.
Uma das poucas áreas que pesou negativamente sobre o crescimento foi a de estoques, que subtraiu 0,57 ponto porcentual do PIB após ter contribuído com 1,42 ponto porcentual no segundo trimestre.
O crescimento em investimentos empresariais desacelerou no terceiro trimestre, com gastos com equipamentos crescendo apenas a uma taxa de 7,2%. Economistas esperavam um segundo trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos.
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Mercado de trabalho - Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram em 3 mil, para 287 mil, na semana encerrada em 25 de outubro, informou nesta quinta-feira o Departamento do Trabalho. Trata-se da segunda semana consecutiva de alta, mas o resultado ainda demonstre um mercado de trabalho firme. A média móvel de quatro semanas caiu em 250, para 281 mil, indicando fortalecimento do mercado de trabalho. A média móvel é considerada uma medida mais segura, uma vez que atenua a volatilidade semanal.
(Com agência Reuters)