Certas notícias passam “batidas” pelo leitor, pois é tanta coisa que parece impossível refletir sobre tudo. Mas uma que está no GLOBO de hoje merece nossa maior atenção: bandidos de classe média foram presos pelo tráfico de drogas na zona sul. Vejam:
Dez moradores de classe média da Zona Sul foram presos nesta quinta-feira, acusados de roubo e furto de automóveis, receptação, estupro e tentativa de homicídio, além de tráfico de drogas. Eles são suspeitos ainda de participarem do grupo Black Blocs que, em manifestações iniciadas em junho do ano passado, esteve à frente de ações de depredação em Laranjeiras, Catete, Flamengo e Botafogo. De acordo com a polícia, os presos também faziam justiça pelas próprias mãos na região e, em janeiro deste ano, espancaram um adolescente de 15 anos, acusando-o de roubo e prendendo-o, nu, a um poste no Flamengo com uma tranca de bicicleta.
As dez pessoas foram presas em flagrante porque com elas foram apreendidos uma pistola, munição e cerca de quatro quilos de drogas como cocaína, maconha e LSD. Também foram recolhidos bastões, máscaras (que seriam usadas para esconder o rosto nas manifestações), placas de ruas (arrancadas durante protestos), material para embalar drogas e uma balança de precisão. O que mais chamou a atenção dos policiais foi a quantidade de dinheiro. Entre dólares e reais, foram apreendidos mais de R$ 50 mil, ainda sem comprovação de origem.
A turma sequestrava, roubava, traficava e matava. Mas vejam que curioso: não eram das favelas, dos morros, não vinham da miséria. Para pessoas normais, isso é mais comum do que parece. Afinal, pessoas normais sabem que existe o livre-arbítrio, que o mal não depende da conta bancária, que a pobreza pode até influenciar, mas jamais determinar o comportamento de alguém, muito menos levar um jovem a apontar uma arma para cabeças inocentes e atirar.
Já os “progressistas” acham que a violência e a criminalidade são resultado das “desigualdades sociais”, que os bandidos e marginais são “vítimas da sociedade”, pois não tiveram oportunidades na vida. O galalau de 17 anos que rouba e mata e depois fica livre é digno de pena, não de revolta. São os “coitadinhos” que a esquerda adora defender, jogando a culpa para o “sistema” e chegando até mesmo, em casos mais esdrúxulos, a culpar a vítima: quem mandou ter dinheiro, andar de carro bom ou ostentar um relógio de luxo no pulso?
Tudo isso é muito absurdo, mas é o discurso oficial progressista que vem destruindo nosso país. Afinal, o ato criminoso é sempre uma escolha voluntária, que deve ser coibida com punição severa. Quem merece proteção é o cidadão ordeiro, trabalhador, honesto. Mas os “progressistas” gostam dos vagabundos, dos marginais, dos criminosos, vistos como pobrezinhos que não tiveram chances na vida.
Jovens de classe média não tiveram chances? No entanto, isso não os impediu de ir para os Black Blocs depredar patrimônio público e privado, ou de roubar, vender drogas, matar. Não se combate isso com discurso de igualdade social, e sim reduzindo a impunidade e, com isso, tornando o crime mais custoso. Em casos extremos, onde não há salvação, a punição deve ser severa e afastar o delinquente do convício social por muito tempo, talvez para sempre.
Mas isso virou discurso de “direita preconceituosa”, de “reacionários radicais”. A “opinião pública” foi invadida por esquerdistas que não enxergam um palmo diante dos olhos. Mas o povo brasileiro não caiu nessa ainda. Sabe muito bem que o marmanjo que rouba e mata fez uma escolha, e que deve ser duramente punido por isso, para garantirmos o direito e a integridade dos honestos.
Afinal, honestidade não tem ligação direta com patrimônio. Fosse o contrário, Brasília não estaria repleta de bandidos, todos podres de rico…
PS: Quando a filósofa petista Marilena Chaui diz que odeia a classe média, não é essa acima que ela tem em mente, mas a que é vítima desses bandidos e que ainda paga o salário da professora da USP. Já a classe média ordeira odeia os filósofos petistas e os criminosos, independentemente da classe social.