Aécio mostra na TV a carta em que a candidata à reeleição se derrete em elogios a FHC e pergunta: ‘Quem fala a verdade? A Dilma que ataca para ganhar votos ou a Dilma que escreve e assina embaixo?’
A reivindicação dos leitores da coluna foi atendida por Aécio Neves no horário eleitoral deste sábado: o programa na TV foi aberto com a leitura da carta que Dilma Rousseff enviou a Fernando Henrique Cardoso em junho de 2011, quando o ex-presidente completou 80 anos de vida. Como registrou o post publicado há três dias, a mesma Dilma que se derreteu em elogios ao aniversariante “que consolidou a estabilidade econômica e política do país” agora o acusa de, entre outras crueldades e ignomínias, sonhar com o extermínio do eleitorado nordestino.
Depois de escancarar o contraste entre as verdades contidas na carta e as mentiras obscenas despejadas pela candidata a caminho do naufrágio, um locutor pergunta: “Quem fala a verdade? A Dilma que ataca para ganhar votos ou a Dilma que escreve e assina embaixo?” Além de reiterada no horário eleitoral a cada discurseira cafajeste da doutora em nada, a pergunta deve ser reapresentada por Aécio no próximo debate na TV. Ela vai começar a resposta chamando o adversário de “meu querido”. E, com menos de 300 palavras gaguejadas em dilmês primitivo, perder mais alguns milhões de votos.
Leia a íntegra da carta:
Leia a íntegra da carta:
Na carta a FHC, Dilma saúda ‘o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica’
Em junho de 2011, às vésperas do 80° aniversário de Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff enviou ao ex-presidente uma carta com a mensagem abaixo reproduzida:
“Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear. O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica. Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje. Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidação da democracia brasileira em seus oito anos de mandato. Fernando Henrique foi o primeiro presidente eleito desde Juscelino Kubitschek a dar posse a um sucessor oposicionista igualmente eleito. Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias. Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço!”