Entre os que deixaram o ranking estão Andrej Babiš, primeiro-ministro da República Tcheca, que deve sua fortuna à empresa química Agrofert; e o russo Oleg Deripaska, que viu as ações da siderúrgica Rusal baterem recorde de desvalorização por preocupações de que a gigante do alumínio sofresse impactos de sanções impostas pelos EUA.
O ano também não foi bom para os brasileiros. Jorge Paulo Lemann, que ocupa a 38ª posição no ranking, perdeu US$ 10 bilhões; Joseph Safra, 56º colocado, fechou o ano US$ 3,4 bilhões menos rico; e Marcel Telles, na 142ª posição, perdeu US$ 5 bilhões.
E 13 bilionários que pertenciam ao ranking morreram em 2018, incluindo o cofundador da Microsoft Paul Allen, o magnata do mercado imobiliário de Hong Kong Walter Kwok e o tailandês Vichai Srivaddhanaprabha, fundador da rede King Power Duty Free e dono do clube inglês Leicester City, campeão da Premier League na temporada 2016/17.
Mas nem todos perderam. Jeff Bezos, fundador da Amazon e considerado o homem mais rico do mundo, foi quem mais enriqueceu pelo segundo ano consecutivo. O executivo fechou 2018 US$ 24 bilhões mais rico, com fortuna estimada em US$ 123 bilhões, apesar das turbulências do segundo semestre. Desde o pico em setembro, Bezos perdeu US$ 45 bilhões.
A popularidade do jogo eletrônico “Fortnite”, fenômeno em 2018, deu ao seu criador, Tim Sweeney uma fortuna de US$ 7,2 bilhões. Já a fortuna de Autry Stephens chegou a US$ 11,4 bilhões, após a petroleira Endeavour Energy Resources ser avaliada em US$ 15 bilhões. Sweeney e Stephens foram dois dos 31 estreantes no ranking Bloomberg. Denise Coates, fundadora e diretora executiva do grupo Bet365, é outra novata. Sua fortuna é dez vezes maior que a da Rainha Elizabeth II.
— O ano foi bom para a criação de riqueza — comentou Michael Zeuner, sócio do escritório WE Family. — Foi um ano difícil para os mercados financeiros, mas para as pessoas que estão criando valor pelas companhias, a economia está muito forte.