terça-feira, 20 de dezembro de 2022

A última privatização da gestão Montezano no BNDES

 Lance mínimo é de R$ 4 bilhões

Sede do BNDES, no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação/Agência Brasil
Sede do BNDES, no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação/Agência Brasil | Sede do BNDES, no Rio de Janeiro | Foto: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA BRASIL

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, vai encerrar sua passagem pelo BNDES com a privatização da Corsan, estatal de saneamento do Rio Grande do Sul. O leilão da empresa será feito nesta terça-feira, 20. O lance mínimo: R$ 4 bilhões.

A venda da empresa gaúcha é o 35º projeto de privatização ou concessão do banco estatal na gestão de Montezano. O BNDES calcula ter obtido cerca de R$ 250 bilhões com os pacotes de desestatização, entre outorgas e investimentos projetados, informou o site especializado Blocktrends.

Representante dos trabalhadores da Corsan, o sindicato Sindiágua tentava impedir o processo. Recentemente, a entidade conseguiu uma liminar na Justiça para suspender o certame. A decisão, contudo, foi revertida pelo Tribunal Superior do Trabalho, que acolheu um recurso do governo do Estado.

O governo gaúcho justifica a privatização à aprovação do marco legal do saneamento pelo governo federal. A nova lei determina que, até 2033, 99% da população deve ter acesso à água potável e 90% a coleta e tratamento de esgoto. O BNDES ajuda o Rio Grande do Sul a vender a empresa desde 2021.

“Atualmente, a Corsan, como empresa estatal, não consegue realizar investimentos condizentes com a necessidade do setor de saneamento básico dos municípios onde atua, bastante superior ao investimento realizado nos últimos anos”, informou o edital. “Assim, a desestatização tem por objetivo restabelecer a capacidade da empresa de realizar os investimentos setoriais necessários e ampliar a qualidade e a cobertura do atendimento aos cidadãos.”

Revista Oeste