No último discurso antes da posse, cheio de gafes e aplausos, Lula deixou escapar a seguinte frase: “Nós ainda vamos montar a diretoria da Petrobras”. Em condições normais, essa fala seria interpretada como um risco iminente para quem tem memória recente da pilhagem dos cofres da estatal por políticos. Nesta sexta-feira, 30, o futuro presidente confirmou que o PT vai voltar ocupar a petroleira. Vem aí o senador potiguar Jean Paul Prates (PT-RN).
Prates, 54 anos, é advogado e economista. Em 2014, ele foi eleito primeiro suplente da então senadora Fátima Bezerra. Em 2018, Fátima foi eleita governadora do Rio Grande do Norte, e Prates assumiu a cadeira dela no Senado. O futuro presidente da Petrobras defende a ideia de que a estatal eleve seus investimentos sem renováveis, em linhas com outras petroleiras globais, e também na área de refino.
O senador já se posicionou contrário à privatização da Petrobras e questionou a atual política de preços da estatal, que é alinhada às práticas do mercado internacional. Ele apareceu para o público como integrante da CPI da Covid no Senado.
O petrolão
Trata-se de um esquema bilionário de corrupção que ocorreu na Petrobras durante os governos Lula e Dilma. A corrupção envolvia cobrança de propina de empreiteiras, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e superfaturamento de obras contratadas para abastecer os cofres de partidos, funcionários da estatal e políticos. O esquema foi alvo de investigação da Polícia Federal por intermédio da Operação Lava Jato.
Revista Oeste