sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Covidão do STF no Rio: ex-secretário de Saúde deixa a prisão

 Edmar Santos estava em unidade prisional de Niterói desde 10 de julho e saiu por decisão do STJ; PGR não confirma delação premiada

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STJ mandou soltar Edmar Santos | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos deixou a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, região metropolitana do Rio, na noite desta quinta-feira, 6. Santos estava preso desde 10 de julho, suspeito de participar de processos ilegais em contratos emergenciais durante a pandemia.

É o Covidão, que explodiu em todo o Brasil, a partir do instante em que o STF determinou que governadores e prefeitos poderiam comprar sem licitação. Foi a senha das 'excelências' para a roubalheira que se espalhou país afora.

Superior Tribunal de Justiça (STJ) não deu detalhes sobre a decisão de soltura porque o processo corre em segredo de Justiça.

O ex-secretário teria firmado acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, mas a PGR não confirma essa informação.

Edmar Santos foi preso em uma das fases da operação Mercadores do Caos, do Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), com o apoio da Polícia Civil.

A operação investiga um esquema de compras superfaturadas de ventiladores pulmonares pela Secretaria de Saúde.

O ex-secretário responde pelos crimes de organização criminosa e peculato.

Paralela a essa investigação, o Ministério Público Federal também apura esquemas irregulares na saúde do Rio.

Essas investigações resultaram na Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal em maio, e que teve o governador Wilson Witzel e sua esposa como alvos dos mandados de busca e apreensão.

O governador agora enfrenta ameaça de impeachment, barrada somente por determinação temporária do Supremo Tribunal Federal (STF).

O MP-RJ não quis comentar a soltura de Santos.


, Revista Oeste