A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) disse no sábado (29.ago.2020) que, se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quiser voltar à sigla, “será bem recebido”. No entanto, segundo ela, o presidente não deve exigir o afastamento de pessoas do partido.
Há 5 meses, Janaína defendeu a renúncia de Bolsonaro por causa do desempenho do presidente no combate à pandemia de covid-19. Em março, durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, afirmou que o presidente cometeu crime contra a saúde pública.
“Tenho lido as matérias referentes à possível volta do Presidente ao PSL. Fala-se em exigências das duas partes. Eu não vejo sentido nisso. Se o PSL tem um papel, esse papel é justamente o de reunir a pouca direita que há no país”, escreveu em seu perfil no Twitter.
Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, quando deixou o PSL e anunciou a criação do Aliança Pelo Brasil –que até o momento não se concretizou.
O presidente negocia com 3 partidos a possibilidade de filiação. Em sua conta oficial no Twitter, na 6ª feira (28.ago), disse que não pode investir 100% no Aliança. No ritmo atual, a sigla demoraria 18 anos e meio para obter registro, segundo levantamento do Poder360.
FUNDO MILIONÁRIO DO PSL
O PSL cresceu bastante nas eleições de 2018 por causa da presença de Bolsonaro. Passou de 1 deputado eleito em 2014 para 52 deputados federais em 2018.
Por causa disso, a sigla vai receber este ano a 2ª maior fatia do fundo partidário: R$ 201,1 milhões. A sigla fica atrás apenas do PT, que receberá R$ 204,6 milhões.
Dougla Rodrigues, Poder360