A pedido do partido de esquerda, Supremo limitou operações policiais em favelas cariocas
Confronto entre traficantes no Complexo São Carlos, no bairro carioca do Estácio, resultou na morte de Ana Cristina da Silva, de 25 anos, na última semana. De acordo com testemunhas, o assassinato ocorreu porque ela se colocou à frente do filho na tentativa de protegê-lo do tiroteio. Assim, acabou baleada. O crime, no entanto, não foi repudiado publicamente pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e nem pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação liderada por criminosos na favela em que Ana Cristina morava e trabalhava ocorreu dias após o STF validar ação movida pelo partido da esquerda, conforme noticiou Oeste.
Nesse sentido, o PSB, puxadinho do covil do Lula, acionou a Corte para restringir operações da polícia nas comunidades do Rio de Janeiro durante o período em que o país estiver em estado de calamidade pública.
Líder da legenda na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon chegou a comemorar a decisão do Supremo. “Graças a ação do PSB no STF, o RJ registrou o menor nº de pessoas mortas pela polícia em um mês”, comentou o parlamentar fluminense.
Silêncio
Diante do trabalho limitado da polícia, Ana Cristina foi assassinada em meio à disputa de facções criminosas. Molon e PSB, contudo, não lamentaram (ao menos de forma pública) a morte da mulher. Com o STF, a situação foi similar.
No tribunal em que ministros debatem com youtubers e acusam o presidente da República de ser favorável à tortura e à ditadura, nenhuma palavra de lamentação pela perda da vida de alguém baleado por traficantes.
E nenhuma sinalização de que a decisão tomada contra a polícia possa ser repensada.
Anderson Scardoelli, Revista Oeste