O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), foi às redes sociais para reclamar do avanço do processo de impeachment na Câmara de Vereadores. \
De acordo com ele, a ação tem um único propósito: constrangê-lo.
“Este processo de impeachment, que nos tira qualquer direito de defesa e manifestação, que atropela os ritos, só tem o objetivo de me constranger e me tirar do processo eleitoral”, publicou Marchezan Júnior em seu perfil no Twitter.
A postagem foi feita na sexta-feira, 28, minutos após relatório favorável à cassação ser apresentado no Legislativo da capital gaúcha.
Similar a Wilson Witzel, governador afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que também responde contra processo de impeachment, o político tucano adotou tom vitimista.
Nesse sentido, afirmou não ser corrupto e sinalizou que o processo em questão apenas visa tirá-lo das eleições deste ano.
Por ora, ele é candidato à reeleição à prefeitura de Porto Alegre pelo PSDB.
Avança processo de ‘impeachment’
Nelson Machezan Júnior deve ser afastado de suas atividades como prefeito de Porto Alegre. É o que defende o relatório apresentado na última sexta-feira, 28, pela comissão formada na Câmara dos Vereadores da capital gaúcha para analisar o processo de impeachment do político do PSDB.
O parecer favorável ao avanço do processo de cassação foi apresentado pelo relator da comissão processante, o vereador Alvoni Medina (Republicanos). De acordo com o parlamentar, o tucano deve ser punido por ter gasto parte do recurso do Fundo Municipal de Saúde em publicidade.
Ao ler o relatório contra Machezan Júnior, Medina reclamou da postura do prefeito. Isso porque o integrante do PSDB tentou barrar o processo de impeachment na Justiça. O prefeito chegou a falar em “inconstitucionalidade” dos trabalhos liderados por vereadores porto-alegrenses contra ele.
“Eventual cassação do mandato e dos direitos políticos do atual prefeito”
Medina lembrou que o prefeito pode, assim, perder o mandato e os direitos políticos. “Opina-se pela admissão e aceitação do conjunto da denúncia, especialmente no que toca à observância dos requisitos legais, o que confere aptidão a dar alicerce ao prosseguimento do processo de impeachment, de eventual cassação do mandato e dos direitos políticos do atual prefeito”, disse o vereador.
Próximo passo
Com a apresentação do relatório favorável ao impeachment, a situação de Nelson Machezan Júnior seguirá sob análise do Legislativo da capital gaúcha. O próximo passo será o julgamento do relatório no plenário da Câmara dos Vereadores. Se dois terços (24 parlamentares) votarem “sim”, o tucano será afastado do cargo.
Anderson Scardoelli, Revista Oeste