segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Justiça bloqueia R$ 252 mi do PCC e manda PF prender 422 em 19 Estados e no DF

 A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda, 21, uma megaoperação para investigar crimes de tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pelo Primeiro Comando da Capital, o PCC. Batizada de Operação Caixa Forte 2, a ofensiva busca cumprir 623 ordens judiciais – 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão em 19 Estados e no Distrito Federal. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte que determinou ainda o bloqueio de até R$ 252 milhões dos investigados.

A PF informou que a ação envolve cerca de 1.100 agentes, sendo 

é realizada por meio da Força Integrada de Combate ao Crime

 Organizado – grupo coordenado pela PF com participação da 

Polícia Civil de Minas, da Polícia Rodoviária Federal, e do 


Departamento Penitenciário Nacional. A ofensiva é aberta no dia 

do ‘aniversário’ da facção, que foi fundada em 1993.


Os Estados onde são realizadas as atividades da Caixa Forte 2 são: 

Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, 

Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, 

Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Sul, 

Santa Catarina e São Paulo. Segundo a Polícia Federal, parte das 

ordens também são cumpridas no Chile.


Dos mais de 400 alvos de prisão, 172 já estão custodiados em 31 

estabelecimentos prisionais em 14 Estados.

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Segundo a corporação, a ofensiva tem como base dados 

obtidos na primeira  fase da ‘Caixa Forte’, que identificou

 os responsáveis pelo chamado

 ‘Setor do Progresso’ do PCC, dedicado à lavagem de 

dinheiro do

 tráfico. A PF apontou que tais informações revelaram que 

os valores obtidos com o tráfico eram, em parte, canalizados para 

inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas

 do ‘Setor da Ajuda’ – responsável por recompensar membros

 da facção recolhidos em presídios.


A Polícia Federal diz ter identificado 210 integrantes do alto 

escalão da facção, recolhidos em Presídios Federais, que 

recebiam valores mensais por terem 

ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou 

executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, 

execuções de servidores públicos.


Para garantir o recebimento do ‘auxílio’, os integrantes do grupo

 indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para

 que os valores,  oriundos de atividades criminosas, ficassem

 ocultos e supostamente fora do alcance do 

sistema de justiça criminal, informou a corporação.


De acordo com a PF, a ofensiva desta manhã visa desarticular 

a organização criminosa por meio de sua descapitalização, além 

de prender lideranças.


Os presos são investigados pelos crimes de participação

 em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas 

e lavagem de dinheiro, cujas  penas combinadas podem chegar

a 28 anos de prisão, informou a Polícia 

Federal.

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O Estado de São Paulo