O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson | Foto: Weleson Nascimento/PTB Nacional
Este trecho faz parte da entrevista exclusiva que o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, concedeu a Oeste. Acompanhe outros tópicos desta entrevista.
O PTB nas eleições 2022
Quais são as pretensões do PTB para as eleições 2022?
Queremos fazer 50 deputados federais e uns três ou cinco senadores. Fizemos dois [Nelsinho Trad (MS) e Lucas Barreto (AP), atualmente filiados ao PSD] nessa eleição [de 2018], mas a velha política os seduziu. O [Gilberto] Kassab [ex-ministro e presidente da legenda], não levou pelo amor ao PSD. Propôs mundos e fundos. Levou os nossos por isso, nós não tínhamos para cobrir a proposta.
E quanto aos governadores, é possível eleger quantos?
Eu ainda não tenho noção disso, mas penso que, em Pernambuco, [o ex-senador] Armando Monteiro é poderosíssimo candidato. No Rio Grande do Sul, penso que o Ranolfo [Vieira Júnior, vice-governador do Estado] é poderosíssimo. Rio de Janeiro não temos nome. E vamos ver na composição que estamos fazendo com o grupo conservador em São Paulo que poderá surgir um nome para ganhar as eleições em no Estado paulista. No Piauí, [o ex-senador] João Vicente Claudino é outro nome. Ainda não sentei para trabalhar isso, mas nomes que podem vencer a eleição de governador estou dando alguns.
Para presidente, o senhor deixou claro que o apoio é garantido ao presidente Bolsonaro. Mas como o senhor identifica a candidatura? Ele estará sozinho com o PTB ou outros partidos conservadores se unirão?
Eu penso que ele tem um arco de aliança ali já com PRTB e outros partidos irão. Ninguém é tolo. O presidente está fazendo assim — nariz para cima, takeoff [decolagem, em inglês], mão cheia, o avião está decolando no Nordeste. O Paraná Pesquisa, o instituto mais sério hoje, observa isso. O Ibope está mascando na espoleta, só faz o que manda a Rede Globo. O Datafolha, o “Datafoice”, não acredito. Então, vai vir muita gente no final apoiar a reeleição de [Jair] Messias Bolsonaro. Só não queremos o DEM, o PSDB, porque esses são a encarnação do mal disfarçada. Eu até prefiro lidar com a esquerda, PT, PDT, PSB, PCdoB, porque eles representam o diabo e não fingem que são santos. Ruim é essa turma que se fantasia de santo.
O senhor, então, acredita na reeleição?
Sim. E ele, aqui [no PTB], estaria protegido e eu gostaria de tê-lo como o novo grande estadista da América Latina. O novo grande estadista na América Latina e um homem de Deus. Queria que o PTB pudesse levar às ruas uma campanha que não é meramente política, mas em defesa dos primados da nossa Bíblia, da nossa formação e da nossa cultura judaico-cristão.
Deputados bolsonaristas serão bem-vindos no PTB? Este é o tema do próximo tópico da série.
Rodolfo Costa, Revista Oeste
