O Republicanos deixa a base aliada do governador do Rio de Janeiro; em nota, legenda pede para secretário entregar cargo
O prefeito carioca e o governador do Rio de Janeiro estão rompidos politicamente. Isso porque o Republicanos, partido de Marcello Crivella, anunciou hoje o desembarque do time de aliados de Wilson Witzel. Em nota assinada por seu presidente estadual, a legenda fala em “fortes indícios de corrupção” no governo estadual
“Mediante aos últimos acontecimentos e fortes indícios de corrupção na Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, o partido Republicanos anuncia sua saída da base do governo Witzel”, informa o início do comunicado divulgado primeiramente na página estadual do partido de Crivella no Facebook.
A nota do Republicanos segue com determinação direta a um de seus filiados. O partido pede para seu representante deixe o posto que ocupa no primeiro escalão do governo fluminense. “Ficou determinado que o secretário de Trabalho e Renda, Jorge Gonçalves, apresentará sua carta de renúncia ao governador”, prossegue a carta.
De acordo com a postagem do diretório, o presidente estadual do Republicanos, Luís Carlos Gomes, vai além de abandonar o governo Witzel. Ele defende, entre outros pontos, que o agora ex-aliado e sua equipe respondam a todos os casos a serem apurados pela Justiça e, consequentemente, pelo Legislativo.
“A corrupção já é abominável em qualquer circunstância, porém, mais terrível ainda em meio ao caos e sofrimento da pandemia, com milhares de registros de infectados e óbitos. Nosso maior compromisso é com a população”, garantiu Gomes, de acordo com o seu próprio partido.
Witzel alvo da PF
Além de ser alvo de pedidos de impeachment e de se ver sem o apoio de um partido que fazia parte de sua sustentação, o governador Wilson Witzel não vive seus melhore dias à frente do poder fluminense. Nesta semana, Oeste informou que o político filiado ao PSC foi alvo de buscas por meio da Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal. A ação é relacionada a suspeitas de irregularidades na secretaria da Saúde. Witzel tem negado as acusações.
Anderson Scardoelli, Revista Oeste