Mais da metade dos entrevistados afirmaram que os programas do governo ajudaram a evitar redução no quadro de funcionários; pesquisa é da CNI
Embora a economia esteja sofrendo com a pandemia de coronavírus, o setor industrial felizmente resiste em mandar embora os funcionários. Mesmo que as empresas tenham registrado queda no faturamento, cerca de 66% não demitiram.
É o que aponta o levantamento “Os efeitos da pandemia na indústria brasileira”, encomendado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
O estudo foi realizado pelo FSB Pesquisas entre 15 e 25 de maio. Foram entrevistados, por telefone, 1.017 executivos da indústria em todas as regiões do Brasil. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 3 pontos porcentuais.
Benefícios do governo
Mais da metade dos participantes do levantamento recorreu a políticas de auxílio do governo, como a redução de jornada de trabalho e salários.
Para 70%, essas políticas são adequadas para minimizar os efeitos da crise, sobretudo no que diz respeito a manter estável o quadro de funcionários.
A maioria desses empresários (58%) classificam como fácil ou muito fácil o acesso aos programas do Estado.
Cenário
No Brasil, 82% dos entrevistados reduziram o faturamento nos últimos 45 dias. Três, de cada quatro empresários diminuíram ou paralisaram a produção.
A pesquisa vai além e indica a condição das empresas que continuam operando: 22% só têm condições financeiras de se manter por mais um mês.
Para 86%, a receita do setor deve cair 37% neste ano.
Contudo, embora o cenário não seja dos melhores, 44% dos entrevistados acreditam que a economia vai registrar expansão nos próximos três anos.
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Cristyan Costa, Revista Oeste