Transferir dinheiro a partir do WhatsApp e do Messenger é uma das possibilidades que o Facebook projeta para a sua carteira digital, que foi rebatizada de Calibra para Novi, mas ainda não tem data de lançamento. O serviço é mais um passo de Mark Zuckerberg, que transforma seus negócios também em uma fintech.
O nome Novi é uma combinação das palavras em latim “novus” (novo) e “via” (caminho), que indica os interesses da empresa em criar uma nova realidade para as operações financeiras no mundo.
Quem poderá usar?
A princípio, o Novi vai operar apenas as transações da libra, a moeda digital própria do Facebook, que vem sofrendo pressão regulatória, sob alegação do risco de desestabilizar a política monetária dos países.
Mas a Libra Association, fundação global responsável por administrar o tesouro da moeda da rede social, espera que bancos centrais criem “versões” digitais de suas moedas, como o dólar ou euro, para serem integradas à rede Libra.
Quais os serviços disponíveis?
Os cliente que aderirem à carteira digital do Facebook terão à disposição desde serviços diários, como compras e pagamento de contas através da leitura de código de barras, até transferência de grandes cifras.
De acordo com a empresa, não haverá cobranças “ocultas” na carteira, para adicionar, enviar, receber ou sacar dinheiro. Além disso, as transferências devem acontecer instantaneamente.
“Todos os clientes da Novi serão verificados usando o ID emitido pelo governo e as proteções contra fraudes serão incorporadas em todo o aplicativo”, diz comunicado da Novi, que ainda acrescenta que haverá uma equipe de suporte e atendimento ao cliente, por bate-papo, 24 horas em todos os dias da semana.
Quando e onde o Novi estará disponível?
Ainda que não tenha data de lançamento divulgado, o Novi deverá ter uma versão inicial disponível em alguns países, também não especificados, quando a rede Libra estiver em operação.
Este será o primeiro produto da Novi Financial, que é uma subsidiária do Facebook, com operação independente e sede em Menlo Park, na Califórnia.
Isaac de Oliveira, O Estado de São Paulo