Geralda Doca, O Globo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), propõe que o governo reduza a zero a incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), sobre o preço dos combustíveis como forma de ajudar a baixar o preço da gasolina e do diesel para os consumidores. Maia sugere também uma redução nas alíquotas do Pis e da Cofins. Para compensar a perda na arrecadação federal, ele anunciou um acordo com o governo para que votar o projeto de reoneração da folha de salários, na próxima semana.
Dessa forma, os recursos obtidos com essa medida seriam usados para compensar perda nas receitas.
— Já fechamos aqui que a aprovação da arrecadação da reoneração vai toda para a redução do diesel e estamos trabalhando junto como governo. Já tivemos uma reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia para zerar a Cide também do diesel e da gasolina para que a gente possa minimizar os efeitos do aumento dos combustíveis na vida de vocês — anunciou Maia, em gravação feita ao lado do presidente do Senado, Eunício Oliveira, e dois líderes do do governo no Congresso, Andre Moura (PSC-SE) e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Segundo Maia, a receita que o governo vai arrecadar com a reoneração da folha será usada para compensar a perda na arrecadação com as contribuições do Pis e da Cofins, que também teriam alíquotas reduzidas para ajudar a baixar o preço dos combustíveis para os consumidores.
Os presidentes das duas Casas marcaram para a próxima semana uma sessão conjunta para discutir a redução dos preços dos combustíveis. Segundo Maia, a ideia é antecipar à discussão, com apresentação de alternativas.
Oliveira disse que ele e Maia, que é pré-candidato à Presidência do DEM, estão discutindo o problema desde domingo, buscando uma solução para que "a população brasileira possa sentir no Congresso a verdadeira palavra de defesa dos direitos dos consumidores".