terça-feira, 1 de novembro de 2016

Com jornalismo engajado, CNN vê audiência subir, mas se queima, por Nelson de Sá

Folha de São Paulo

A CNN recuperou protagonismo –e audiência– com a cobertura polarizada deste ano, contratando "analistas"dos dois partidos. A conta chegou na segunda ao ser forçada a dispensar Donna Brazile, que preside o Partido Democrata.

O WikiLeaks divulgou e-mails em que ela alertava a campanha de Hillary Clinton sobre uma pergunta a ser feita num debate da CNN. O canal se declarou "completamente desconfortável" e a demitiu. A Fox News explorou desde a manhã: "Bomba do WikiLeaks revela elo entre Hillary e CNN". O WikiLeaks já havia revelado ligações com jornalistas de "Politico", "The Hill", CNBC e da própria Fox News.

Reprodução
Capa da última edição da revista "New York" retrata Trump "perdedor"
Capa da última edição da revista "New York" retrata Trump "perdedor"

PERDEDOR
A revista 'New York' chegou às bancas com capa da artista Barbara Kruger e aposta na derrota de Donald Trump

"NYT" vs. CNN
O editor-executivo do "New York Times", Dean Baquet, falando ao "Financial Times", criticou CNN e Fox News por unirem jornalismo e entretenimento. A mistura perde a graça, diz, com Trump candidato. Questionou a contratação do ex-chefe da campanha republicana pela CNN, como analista.

'WP' também
O editor-executivo do "Washington Post", Martin Baron, afirmou que CNN e Fox News, sem "levar a candidatura a sério", dedicaram "quantidade tremenda de cobertura" a Trump.

Hillary gasta mais
A "AdAge" fechou novo cálculo dos gastos com a compra de espaço em TV e rádio, desde as primárias. Hillary lidera, com US$ 436,4 milhões. Trump não passa de US$ 158,5 milhões.