sexta-feira, 29 de maio de 2015

Brasil só está à frente da Rússia e da Ucrânia em ranking do PIB

Ronaldo D'Ercole

Em lista de 33 nações elaborada pela Austin Rating, desempenho da economia brasileira é o pior entre os países latino-americanos

  - Editoria de Arte


A queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, de 1,6% em relação a igual período de 2014, colocou o Brasil próximo da posição de lanterninha entre as principais economias mundiais. Numa lista que analisa o desempenho de 33 países, compilada pela Austing Rating, o Brasil aparece na 31ª posição, à frente apenas da Rússia, que é alvo de pesados embargos impostos pelas economias ocidentais, e da Ucrânia, também em grandes dificuldades. Entre janeiro e março, a economia russa retraiu-se 1,9%, enquanto a ucraniana desabou 17,6%.  


O Brasil aparece atrás até mesmo da economia da Grécia, que apesar da crise fiscal e de viver na eminência de uma insolvência, cresceu 0,1% no primeiro trimestre.

— Esse fato só reforça a condição crítica por que passa a economia brasileira. Onde está a crise externa ão utilizada pelo governo brasileiro para justificar o pífio crescimento, que agora se tornou decréscimo? — pergunta Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating e autor do ranking dos PIB.

Mesmo em desaceleração, a China cresceu 7% no trimestre e continua encabeçando o ranking da economias que mais crescem, seguida da Malásia (5,6%), Filipinas (5,2%), Indonésia (4,7%) e Taiwan (3,4%). Os Estados Unidos, são o oitavo colocado, com 2,7%, loga à frente da Espanha, cujo PIB cresceu 2,6%.

Entre os países latino-americanos, de acordo com a lista da Austin, o México teve nos primeiros três meses do ano a melhor performance, com crescimento de 2,5% sobre o primeiro trimestre de 2014, o que o coloca na 11ª posição do ranking. Em seguida, na 12ª, aparece o Chile, que cresceu 2,4% no período. O Peru, com expansão de 1,7%, ficou em 20º. O Brasil é o último.

Para Agostini, o desempenho do PIB brasileiro neste início de ano apenas confirma os equívocos cometidos pelo governo na gestão da economia nos últimos anos.

— É evidente que esse desempenho sofrível reforçam a tese de que houve profundos problemas ma gestão da política econômica brasileira, que combinava um expansionismo fiscal irresponsável com uma política monetária leniente com a inflação alta — diz Agostini.