sábado, 28 de junho de 2014

Em dia sem jogos, turistas enfrentam filas enormes nos cartões-postais do Rio. E Dilma elogia a infraestrutura nacional...

Bruno Amorim - O Globo

Nesta sexta-feira, espera para van que leva ao Cristo Redentor em ponto de Copacabana passava de duas horas e meia.

Brasil recebeu em 2013 cerca de 6 milhões de turistas estrangeiros. Park Güell, em Barcelona, recebe anualmente 4 milhões de visitantes. E sem fila. E Dilma exalta a nossa infraestrutura...



No primeiro dia sem jogo da Copa do Mundo, turistas lotam pontos turísticos do Rio
Foto: Guilherme Leporace / Agência O Globo
No primeiro dia sem jogo da Copa do Mundo, turistas lotam pontos turísticos do Rio - Guilherme Leporace / Agência O Globo



O primeiro dia sem partidas de futebol desde o início da Copa do Mundo parecia o momento perfeito para conhecer os pontos turísticos do Rio. O céu azul e a temperatura amena do inverno carioca convidavam para passeios pela cidade. O único problema é que a maioria dos visitantes tiveram a mesma ideia. O resultado foram filas gigantescas para visitar os monumentos.

Nesta sexta-feira, a espera pelas vans que levam ao Cristo Redentor passava de duas horas e meia, em Copacabana. Na Urca, os turistas tiveram que enfrentar mais de duas horas debaixo do sol quente para subir ao Pão de Açúcar.

O irlandês Chris Parrott se assustou quando viu o tamanho da fila para o Pão de Açúcar e acabou desistindo do programa. Ele pretende voltar mais cedo na próxima semana, na esperança de enfim conhecer a atração turística, mas não perdeu o dia: decidiu aproveitar a sexta-feira “de folga” em outro cartão postal da cidade: a praia.

— Queríamos aproveitar o dia sem jogos, mas acho que todos que estão na cidade tiveram a mesma ideia — disse Parrott.

Quem decidiu enfrentar a espera pelo bondinho precisou de ajuda para aguentar o sol forte. Um casal de norte-americanos comprou garrafas d'água e sorvetes para enfrentar o calor. Eles já sabiam que a vista do Pão de Açúcar valia o sacrifício.

— Na primeira vez que estivemos no Rio, em2012, também havia fila, mas hoje está muito pior — avaliou Fernando Puga.


FALTA DE INFORMAÇÃO

Já em Copacabana, os turistas reclamavam da falta de informação. O guatemalteco Antulio Reyes, de 66 anos, esperou mais de duas horas para embarcar em uma van para o Cristo Redentor. Ninguém o informou que havia uma fila preferencial para idosos e grávidas.
— Estou muito cansado. Não sabia da fila preferencial. Acho que o problema é falta de organização — reclamou.

O uruguaio Matias Caceres já estava há 40 minutos na fila, com mais cinco amigos, quando o repórter avisou que era preciso comprar ingresso para embarcar na van. Para resolver o problema, um deles foi até a bilheteria enquanto os outros guardavam o lugar.

— Ninguém falou que era preciso comprar ingresso. E olha que já estamos aqui há quase um hora — reclamou.