ISABELA BASTOS, MARCO MOREIRA E RODRIGO BERTHONE - O Globo
Cerca de 300 pessoas, segundo a PM, participaram do ato, que chegou a fechar uma estação do metrô
Quinze manifestantes foram detidos por policiais militares na noite deste sábado na Tijuca, Zona Norte da cidade. O grupo participava de um ato contra a realização da Copa do Mundo. Segundo a PM, cerca de 300 pessoas compareceram à passeata, que chegou a fechar, por cerca de 20 minutos, a estação Saens Peña do metrô. Houve tumulto quando os manifestantes tentavam seguir em direção ao Maracanã, já que, quem usava mochila era revistado pela PM. Manifestantes que recorriam ao uso de máscaras ou que cobriam o rosto com panos eram cercados e obrigados a retirar os acessórios.
Em nota, a PM informou que os detidos jogaram bombas caseiras nos policiais que acompanhavam a movimentação do grupo. Os manifestantes foram levados para a 17ª DP (São Cristóvão) e para a 19ª DP (Tijuca). Eles podem responder por agressão e desobediência.
Os ativistas, que começaram a se concentrar no fim da tarde, na Praça Saens Peña, saíram em passeata pelas ruas da região, e acabaram voltando ao local no início da noite. Por volta de 19h, o grupo interditava uma faixa de cada sentido da Rua Conde de Bonfim, na altura da praça.
Gritando palavras de ordem, pedindo mais investimentos em educação, além de frases contra a Fifa, os manifestantes caminharam pela pista sentdo Usina da Rua Conde de Bonfim. Em seguida, passaram pela Rua Pereira Nunes, interditando a via na altura da Rua Barão de Mesquita. O grupo também fechou parte da Avenida Maracanã, sentido Centro, na altura do Shopping Tijuca. De lá, eles retornaram para a Praça Saens Peña.
PROTESTO EM COPACABANA
Pela manhã, uma passeata denominada "Nossa Copa é na rua!" reuniu cerca de 200 pessoas na orla de Copacabana. A concentração estava marcada para as 9h, no Posto 6, mas o grupo deixou o local às 11h10m, carregando bandeiras de partidos políticos e faixas com frases que defendiam as mais diversas causas. Alguns entoavam gritos como "Da Copa eu abro mão, quero dinheiro para saúde e educação".
Na linha de frente da passeata, integrantes do grupo Ateliê de Dissidência Criativa faziam performance com roupas prateadas, numa alusão ao Batalhão de Choque. Os manifestantes seguiram em direção à Avenida Princesa Isabel. Policiais militares acompanharam o ato, que foi pacífico. Por volta das 12h30m, a manifestação dispersou.