Favorecida por bons preços internacionais, a safra 2018/2019 deve ser 4,2% maior do que a anterior. O quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), há pouco divulgado, prevê uma colheita de 237,3 milhões de toneladas de grãos.
Como já faziam prever os investimentos feitos pelo agronegócio em máquinas agrícolas, bem como em fertilizantes e outros insumos, houve um avanço sensível da produtividade, uma vez que a área plantada é prevista em 62,5 milhões de hectares, uma ampliação de 1,2% em relação à safra 2017/2018.
Como observa a Conab, “as boas condições das lavouras nas principais regiões produtoras de grãos são prenúncio de que sejam alcançados bons rendimentos nessa temporada e mostram que a produtividade estimada se manteve até agora próxima ao que havia sido calculado estatisticamente no início da safra”.
A soja continua sendo a campeã na produção agrícola brasileira, com total previsto de 118,8 milhões de toneladas na safra 2018/2019, apresentando uma pequena redução de 0,4% em confronto com a safra anterior (119,28 milhões), apesar de a área de plantio ter registrado um crescimento de 1,7% de um ano agrícola para outro.
Isso torna ainda mais significativa a produção de milho, que, em suas duas safras, deve somar 91,2 milhões de toneladas, um volume 12,9% superior ao obtido em 2017/2018 (80,77 milhões de toneladas). Nota-se que, no caso do milho, a área cultivada aumentou somente 0,4% na primeira safra, estimada em 27,46 milhões de toneladas, um aumento de 2,4% diante da primeira safra do ano agrícola precedente (26,81 milhões). Mas o grande avanço se deu na segunda safra do produto, que é projetada em 67,73 milhões de toneladas, um crescimento de 18,1% diante da segunda safra de 2017/2018 (53,98 milhões).
Duas outras lavouras também merecem destaque. Calcula-se que a produção de algodão herbáceo deva subir 20,3% na safra atual, devendo atingir 2,41 milhões de toneladas. Já a colheita de trigo deve crescer 27,3% em relação à anterior, alcançando 5,4 milhões de toneladas, o que diminuirá a importação do produto e contribuirá para a estabilidade de preços.
O único produto com produção em queda é o arroz, prevendo-se uma colheita de 11,2 milhões de toneladas, 7,1% inferior à precedente (12,06 milhões de toneladas).