sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Euforia com o governo Bolsonaro: Ibovespa bate novo recorde e atinge pela primeira vez 96 mil pontos

Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, bateu pelo segundo dia seguido seu recorde histórico, superando pela primeira vez a marca de 96.000 pontos, nesta sexta-feira, 18. O pregão fechou em 96.096,75 pontos, uma alta de 0,78%. Em seu melhor momento alcançou 96.395,98 pontos e no pior, 95.386,26pontos. A Eletrobras foi um dos destaques do dia. As ações da empresa subiram 4,56%, após o anúncio de um Plano de Demissão Consensual. A expectativa para a reforma da Previdência e a atenção com o mercado externo movem o índice. 
No cenário interno, permanece a expectativa para a reforma da Previdência, a ser anunciada pelo governo só depois do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, entre os dias 22 e 25 de janeiro. Otto Sparenberg, da Ativa Investimentos, explica que a tendência é o mercado continuar nesse ritmo. “A bolsa abriu bem forte hoje, e a novidade é que o capital estrangeiro está começando a entrar.”
Entre as empresas, a Eletrobras fechou em alta de 4,56% em seus papéis ordinários e de 5,22 % nos preferencias. O mercado reagiu bem após a confirmação da abertura de um Plano de Demissão Consensual, a partir de 21 de janeiro. A meta é envolver mais de 2.000 funcionários, gerando uma economia de 574 milhões de reais ao ano, por um custo de 731 milhões de reais.
Além disso, a Natura teve alta de 5,81%. Já a Embraer operou em queda de 3,03%.
No cenário externo, a expectativa é de um possível apaziguamento da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Segundo o Wall Street Journal,o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, discutiu a suspensão de algumas ou de todas as tarifas impostas às importações chinesas.
Pedro Galdi, da corretora Mirae Asset, explica que a dúvida é quanto o Brasil pode ser afetado por uma desaceleração da economia mundial. “A Ibovespa continua se descolando do mundo lá fora. Existe um claro indicativo de desaceleração da economia mundial.”
Na próxima segunda-feira, 21, a China deve divulgar os números de seu produto interno bruto (PIB) no quarto trimestre de 2018, o que já deve trazer alguns indicativos desse cenário.

André Romani, Veja