DANIELLE BRANT - Folha de São Paulo
Dois meses depois da divulgação da delação da JBS, o dólar praticamente devolveu toda a valorização provocada pela crise política, que abalou o mercado financeiro.
Em 18 de maio, dia seguinte ao vazamento da notícia de que Joesley Batista grampeara Michel Temer, o dólar chegou a ser negociado a R$ 3,41 -na véspera fechara a R$ 3,13.
Nesta quarta (19), a moeda americana terminou o pregão cotada a R$ 3,15, no quarto dia consecutivo de desvalorização em relação ao real.
A moeda, que encerrou junho a R$ 3,30, acumula perdas de 5% neste mês.
Essa depreciação se intensificou após o governo conseguir aprovar a reforma trabalhista e indicar que seguiria com a agenda reformista, mesmo com as incertezas em torno da permanência de Temer no cargo.
O recesso parlamentar aumenta as chances de o governo conseguir recompor sua base de apoio durante as semanas de férias dos deputados e senadores.
Enquanto isso, os investidores se voltam para dados econômicos e para o exterior em busca de referências.
Nesta quarta, por exemplo, a desvalorização do dólar foi influenciada pela entrada de recursos de estrangeiros que participam da abertura de capital do Carrefour. A oferta de ações da rede varejista movimentou R$ 5,125 bilhões.
"É um dinheiro que tem que ser pago na hora, o que gera uma entrada natural de recursos. Esse é o principal fator responsável pelo movimento de curto prazo", afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Mas as incertezas se mantêm e analistas não esperam que a trégua se estenda por muito tempo. Para alguns, a partir de 2 de agosto o dólar deve voltar a ter oscilações mais expressivas.
Nesse dia, a Câmara deve votar denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.
"O mercado está sem rumo e sem piso, ninguém consegue avaliar a realidade da economia brasileira", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "O investidor opera na expectativa do dia. O cenário à frente é muito incerto e duvidoso."
A Bolsa caiu 0,24% nesta quarta, mas acumula alta de 3,6% no mês.
Em 18 de maio, dia seguinte ao vazamento da notícia de que Joesley Batista grampeara Michel Temer, o dólar chegou a ser negociado a R$ 3,41 -na véspera fechara a R$ 3,13.
Nesta quarta (19), a moeda americana terminou o pregão cotada a R$ 3,15, no quarto dia consecutivo de desvalorização em relação ao real.
A moeda, que encerrou junho a R$ 3,30, acumula perdas de 5% neste mês.
Essa depreciação se intensificou após o governo conseguir aprovar a reforma trabalhista e indicar que seguiria com a agenda reformista, mesmo com as incertezas em torno da permanência de Temer no cargo.
O recesso parlamentar aumenta as chances de o governo conseguir recompor sua base de apoio durante as semanas de férias dos deputados e senadores.
Enquanto isso, os investidores se voltam para dados econômicos e para o exterior em busca de referências.
Nesta quarta, por exemplo, a desvalorização do dólar foi influenciada pela entrada de recursos de estrangeiros que participam da abertura de capital do Carrefour. A oferta de ações da rede varejista movimentou R$ 5,125 bilhões.
"É um dinheiro que tem que ser pago na hora, o que gera uma entrada natural de recursos. Esse é o principal fator responsável pelo movimento de curto prazo", afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Mas as incertezas se mantêm e analistas não esperam que a trégua se estenda por muito tempo. Para alguns, a partir de 2 de agosto o dólar deve voltar a ter oscilações mais expressivas.
Nesse dia, a Câmara deve votar denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.
"O mercado está sem rumo e sem piso, ninguém consegue avaliar a realidade da economia brasileira", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "O investidor opera na expectativa do dia. O cenário à frente é muito incerto e duvidoso."
A Bolsa caiu 0,24% nesta quarta, mas acumula alta de 3,6% no mês.