Carl Bernstein e Bob Woodward
No escândalo Watergate, que levou o republicano Richard Nixon à renúncia, a seriedade e a insistência dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do Washington Post, foram fundamentais para o sucesso das investigações pelos repórteres e pela Justiça dos Estados Unidos.
As pressões da Casa Branca sobre o jornal chegaram ao auge quando o presidente Nixon ameaçou pendurar pelo 'bico dos peitos' a senhora Katharine Graham, dona do jornal, se ela continuasse a publicar 'mentiras' sobre ele.
Graham percebeu que havia algo muito podre, comprou a briga, e mandou o editor Ben Bradlee ir fundo no caso.
Woodward e Bernstein receberam os 'vazamentos' do 'Deep throat'. O 'New York Times' entrou na parada... A queda de Nixon foi uma questão de tempo.
Os escândalos que se seguiram nos Estados Unidos desde então jamais alcançaram a projeção de Watergate.
De resto, as crises foram muito mais na iniciativa privada, como na 'quebra de Wall Street'.
Os culpados pagaram caro. Muita gente presa.
No Brasil, de tantos escândalos, sobretudo a partir do 'mar de lama de Vargas' a mídia teve um papel importante na 'limpeza', pelo menos parcial, do ambiente político.
A corrupção cresceu no governo Fernando Collor e chegou ao auge nos 13,5 anos da dupla Lula-Dilma, quando todas as estatais foram corrompidas pela máquina petista.
A promiscuidade entre o Estado e a iniciativa privada sob o luloptismo não tem paralelo no planeta.
O impeachment de Dilma barrou a continuação do assalto às estatais, mas a posse do investigado Michel Temer manteve no governo muitos dos coadjuvantes que serviram à organização criminosa do Lula.
Moreira Franco, Eliseu Padilha, Romero Jucá, Geddel Vieira Lima... na máquina pública sugere que o terreno continua 'tóxico'.
A Procuradoria-Geral da República sinaliza claramente que tem 'bandidos de estimação'. Basta olhar a rapidez dada aos processos envolvendo Michel Temer e Eduardo Cunha, comparados aos de Lula e Dilma...
E parte da grande imprensa repete a parcialidade da PGR. A TV Globo e a Folha de São Paulo atacam Temer, como se ele fosse o chefe da organização criminosa.
Quando se olha os números da corrupção do PT e do PMDB, estes mais parecem ações de trombadinhas.
É gritante a diferença de postura da mídia americana em relação à brasileira.
Lá, bandido é bandido.
Se a Folha de São Paulo e a TV Globo têm bandidos de estimação, como ensina a PGR, nos Estados Unidos, Washington Post e The New York Times tratam bandido como bandido.
Simples assim.