segunda-feira, 31 de julho de 2017

Odebrecht Óleo e Gás prevê sair da "lista negra" da Petrobras em 2017

Maria Cristina Frias - Folha de São Paulo


A Odebrecht Óleo e Gás (OOG), que opera sondas e plataformas de petróleo, espera que a empresa saia da "lista negra" da Petrobras até o fim deste ano, segundo o diretor de conformidade da empresa, Nir Lander.

"É uma projeção realista, pelo que já mostramos do ponto de vista técnico", diz ele, que afirma ter um "canal aberto" com a estatal e já expôs as medidas adotadas em duas ocasiões —a mais recente, na última semana.

Embora não esteja diretamente envolvida na Lava Jato, a OOG está impedida de participar das licitações da Petrobras —a empresa busca sair do bloqueio independente do grupo controlador.

"Queremos acelerar essa negociação, mas trabalhamos independentemente da Petrobras. Temos feito apresentações a clientes internacionais", afirma o executivo, que assumiu em outubro de 2016.

A empresa iniciou no mês passado um processo de análise de risco das 1.300 companhias prestadoras de serviços.

"Até agora, foram 200. Até o fim deste ano, todas terão sido analisadas", diz Lander. A avaliação vai de questionários a eventuais visitas in loco.

Os 3.500 funcionários também têm feito treinamentos para lidar com órgãos públicos e fornecedores.

Todas as secretárias da diretoria foram treinadas em uma sessão específica —o departamento de propinas do grupo foi revelado justamente em delação da secretária de Marcelo Odebrecht.

Raio-X


US$ 5 BILHÕES
é a dívida da OOG, que está em renegociação com credores

R$ 1,7 BILHÃO
foi o Ebitda no ano passado

R$ 3,25 BILHÃO
foi a receita bruta em 2016
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Divididos em Brasil

Investidores estrangeiros estão mais cautelosos com Brasil em razão da crise política, mas reagem de forma diferente, conforme o ativo em que aplicam.

"O Brasil está muito mais atrativo para investidores em renda fixa do que em ações", diz Axel Christensen, estrategista-chefe da BlackRock em Nova York para América Latina e Ibéria.

"Como investidores não sabem quem será o próximo presidente, que reformas passarão no Congresso, o que acontecerá com a administração atual, muitos preferem esperar para investir."

Aqueles que alocam recursos em renda fixa, porém, são mais sensíveis à inflação do que ao desenrolar da crise política.

"A inflação é o elemento chave para as decisões do Copom e a queda da taxa [Selic, que recuou para 9,25% ao ano] é um componente favorável." Para investidores da Bolsa, a maior preocupação é com crescimento da economia-"são, portanto, mais sensíveis ao impacto da política."

No cenário global, a BlackRock, maior gestora em recursos de terceiros do mundo, vê expansão mais lenta, mas com contribuição para outras regiões, como Europa, em vez de só nos Estados Unidos.

"Em ações, em geral, preferimos as europeias, japonesas e de emergentes, às equivalentes mais caras dos Estados Unidos", afirma Christensen.
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Governo flexibiliza regras para medidas de defesa comercial
Um decreto do governo deverá ajudar indústrias pulverizadas —como as de vestuário, plásticos e autopeças— a abrirem investigações contra importadores que pratiquem concorrência desleal.

A regra atual praticamente impossibilita que esses segmentos com muitos fornecedores se organizem dentro do prazo e atendam a todas as exigências, diz Diego Bonomo, gerente-executivo da CNI (confederação da indústria).

"Quando se pede uma investigação, é preciso reunir uma parcela significativa do mercado. Se você é um setor muito fragmentado, esse esforço de coordenação é muito mais difícil", afirma.

Hoje, a maioria das medidas antidumping (sobretaxas aplicadas caso se comprove que o produto importado prejudica a indústria doméstica) se concentra em setores com poucos fabricantes, diz Vera Kanas, sócia do TozziniFreire.

A regulamentação da nova norma ainda deverá ser publicada, com o detalhamento das novas condições.

"A expectativa, porém, é que o governo seja razoável e não flexibilize demais as regras", avalia Kanas.


Concorrência desleal


O que são as medidas de defesa comercial?
Quando o governo identifica produtos importados vendidos a preços abaixo do mercado, são aplicadas medidas compensatórias (em geral, sobretaxas) para proteger a indústria nacional

172
são as medidas de defesa comercial em vigor

27
são as investigações em cuso
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Rota dos remédios
A operadora Ativa Logística, que atua nos segmentos farmacêutico e de higiene, abrirá unidades no Distrito Federal e em Goiás.

Hoje, a companhia atua com foco no Sudeste e possui bases em Curitiba e 
Blumenau para atender a região Sul. Ao todo, são 18 filiais.

A previsão é investir R$ 30 milhões nos próximos dois anos, diz Clóvis Gil, presidente da companhia.

"É preciso estar perto de Brasília e Anápolis, que são polos importantes da indústria farmacêutica."

O aporte de R$ 30 milhões também inclui um novo sistema de baús de carga para os veículos e um aumento de pelo menos 20% da frota da companhia.

800
é o total de veículos, de pequeno a grande porte, na frota da Ativa Logística

R$ 210 MILHÕES
foi o faturamento da operadora em 2016

2.130
são os funcionários

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Velozes e furiosos

Sites de veículos usados notaram alta do interesse por carros movidos a gás natural depois dos aumentos das alíquotas de PIS e Cofins para gasolina, diesel e etanol.

Na OLX, o crescimento foi de 13,7%. "É um número significativo, que não acontece normalmente, diz Marcos Leite, vice-presidente executivo da empresa.

A alta não deverá se sustentar a longo prazo, afirma Fernando Miranda, diretor-executivo da Webmotors, onde as buscas cresceram 12%.

Outro modelo se beneficiou: carros híbridos com motor elétrico. Esses, no entanto, são pouco negociados, pois há poucos no mercado.


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Medicina... Em meio a investigações de associações médicas acusadas de formação de cartel, a Abramed (que reúne laboratórios de diagnóstico como Dasa e Fleury), acaba de criar um código de conduta e um canal de denúncias.

...no bisturi O setor quer ampliar o diálogo com planos de saúde —que acusam fornecedores de fazerem procedimentos desnecessários— e quebrar o "ciclo de desconfiança", afirma Claudia Cohn, presidente da entidade.

Joint venture A Biotropic e a Nutriex, ambas da indústria de cosméticos e cuidados pessoais, vão investir R$ 10 milhões para criar a Grandes Marcas, empresa que comercializará produtos de higiene pessoal licenciados.
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com FELIPE GUTIERREZTAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI