quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

'Consórcio' comemora aumento de gastos em propaganda com grana dos pagadores de impostos

Alteração na lei quadruplica recursos para publicidade de estatais

A nova Lei das Estatais prevê o aumento com propaganda e publicidade de até R$ 20 bilhões por ano. | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Corruptos comemoram a retomada da corrupção que Bolsonaro havia estancado - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A mudança na Lei das Estatais, aprovada na Câmara dos Deputados na quarta-feira 14, concede ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o direito de aumentar os gastos com propagandas estatais em até R$ 20 bilhões.

Os últimos quatro anos foram maçantes para os grandes grupos de mídia. O presidente Jair Bolsonaro reduziu os repasses de verbas, e a publicidade externa caiu, com o temor das empresas de uma recessão em 2023.

O projeto de lei (PL) que segue para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado para apreciação e votação prevê aumentar os gastos de 0,5% para até 2% para as despesas com propagandas, publicidade e patrocínio das empresas em casa exercício, além de mudar o limite de gasto em ano eleitoral da receita bruta operacional.

A Globo segue encerrando contratos fixos e cortando custos. A Band também fez diversos cortes de custos, contraindo uma dívida de R$ 600 mil com um dos fornecedores da emissora.

Caso seja aprovado, o PL permitirá que as estatais, como Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômicas, destinem mais verbas para o chamado Consórcio da Mídia. O motivo é de comemoração, pois finda o período escasso imposto pelo presidente Bolsonaro, que priorizou as verbas para outros setores.

De acordo com a estimativa referente ao lucro de R$ 1 trilhão das estatais em 2021, caso a lei seja aprovada, o valor passa de R$ 5 bilhões para até R$ 20 bilhões por ano, possibilidade que deixou as emissoras eufóricas.

Revista Oeste