Variação nos preços é medida pelo IPCA
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que a inflação no Brasil deve fechar em 5,7% em 2022. Por meio de nota, a projeção foi divulgada na quarta-feira 29.
Anteriormente, a estimativa do Ipea para o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 6,6% para este ano. Ou seja: o instituto derrubou quase 1 ponto porcentual da prévia para a inflação no Brasil.
“Depois da alta registrada de 11,7%, no acumulado em 12 meses, em maio, a inflação medida pelo IPCA recuou para 8,7% em agosto”, informa o órgão. De acordo com o instituto, a situação no Brasil é diferente do que vem ocorrendo em grande parte dos países. “Nos últimos três meses, a inflação brasileira surpreendeu favoravelmente, beneficiada, sobretudo, pela melhora no comportamento dos preços administrados”, comenta em nota.
Segundo o texto, no caso dos preços administrados, a projeção é de deflação — quando há a redução nos valores praticados. A previsão é de diminuição de 4,2%. O número é o reflexo “das quedas mais acentuadas dos combustíveis, do gás e da energia”.
Para bens industriais, conforme publicou o Ipea, a previsão de inflação no Brasil recuou de 9,1% para 8,7%. Para os alimentos, houve a elevação da previsão de 12,3% para 13,2%.
A nova prévia do Ipea para o IPCA se aproxima da mais recente projeção do Banco Central para o indicador no ano: 5,8%. O resultado foi publicado ontem no Relatório Trimestral de Inflação, elaborado pela autoridade monetária do Brasil.
Os resultados também encontram lastro no Relatório Focus — um documento do Banco Central feito semanalmente por meio de um levantamento com o mercado financeiro. A edição mais recente estima o IPCA de 2022 em 5,88%.
Artur Piva, Revista Oeste