Presidente do TSE disse que sinal foi para assessor
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, explicou o gesto de “degola” que fez, durante o voto da ministra Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro, a favor do presidente Jair Bolsonaro fazer lives nos palácios da Alvorada e Planalto. O pedido foi feito pelo partido de Ciro Gomes.
“Foi uma brincadeira com um assessor meu que estava na plateia e demorou para me passar uma informação”, justificou Moraes, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na quarta-feira 28. “A ministra Maria Cláudia nem tinha começado a votar.” A sessão terminou em 4 votos a 3 contra Bolsonaro. Dessa forma, ficou mantida a liminar do ministro Benedito Gonçalves, que já havia proibido lives do chefe do Executivo em residências oficiais para fins eleitorais.
Nas imagens de Moraes e a “degola”, é possível notar o semblante de desaprovação do magistrado. A ministra considerou que as lives nos palácios não são atos vedados. Ela citou que, em 2020, quando havia restrições a atos públicos por causa da pandemia de covid-19, políticos fizeram lives em residências oficiais.
“Entendo que fato de fazer uma live com estante de livro ou parede branca, mas na residência oficial não agrega nenhum valor a uma live que seria feita em quarto de hotel, mas com fundo branco”, argumentou a ministra do TSE.
Revista Oeste