quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Indústria registra deflação recorde, mostra IBGE

 A queda de preços para os produtores chegou a 3,11% em agosto

Os preços ao produtor caíram 3,11%
Os preços ao produtor caíram 3,11% | Foto: Reprodução/Pixabay

Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor registrou queda de 3,11% nos custos da indústria em agosto. É a maior redução desde o início da série histórica em 2014, conforme o órgão publicou nesta quarta-feira, 28. A variação em relação a julho chegou a -4,24 pontos porcentuais (p.p.).

“O destaque foi a indústria do refino de petróleo e biocombustíveis, a segunda maior variação, -6,99%, e a maior influência (-0,95 p.p.) na variação de -3,11% da indústria geral”, informa o IBGE em nota. Além disso, a indústria de fabricação de produtos alimentícios registrou queda de 3,74% nos preços ao produtor. A influência desse segmento sobre a deflação de agosto atingiu 0,88 p.p.

Com as quedas registradas pelo IBGE nos preços ao produtor, o acumulado da variação nos custos da indústria ao longo de 2022 caiu dos 11,37% de julho para 7,91% em agosto. O valor do indicador para 12 meses reduziu de 17,94% para 12,16%.

O bom desempenho de agosto encontra reflexo nas expectativas do mercado. Publicado semanalmente a partir de um levantamento realizado pelo Banco Central no setor privado, o Relatório Focus desta semana trouxe a 13ª melhora seguida das projeções da inflação e do crescimento para economia do Brasil em 2022.

Em entrevista ao Flow Podcast concedida na terça-feira 27, Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o país deve crescer mais que a China. De acordo com economista, é a primeira vez que isso ocorre em 42 anos.

Artur Piva, Revista Oeste