O Brasil passou por 2020 com saldo na geração de empregos formais, aqueles sob regime das normas da CLT. Apesar da pandemia da covid-19 que fez o país permanecer em estado de calamidade pública de março a dezembro, houve mais contratações do que demissões. A diferença foi de 142.690 postos de trabalho, conforme consta nos dados atualizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram divulgados na manhã desta quinta-feira, 28.
No total, o Brasil contou com 15.023.531 demissões de janeiro a dezembro de 2020. Por outro lado, a quantidade de admissões foi maior: 15.166.221. Dessa forma, segundo o Caged, o país encerrou o último ano com 38.952.313 vínculos empregatícios ativos. Levando em consideração somente o mercado da CLT, o número representa oscilação positiva de 0,37% em relação ao registrado no primeiro dia de 2020.
Ministro da Economia, Paulo Guedes comemorou a confirmação de que o Brasil passou pelo ano passado gerando mais emprego do que demissões. “A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, disse o integrante do governo federal, mencionado, assim, que a economia brasileira recuou no período. A declaração foi feita durante a reunião on-line onde os números do Caged foram divulgados, informa a Agência Brasil.
Recuperação
Guedes foi além de comemorar o resultado. Ele analisou que o saldo de geração de empregos só foi possível com a criação do Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda, idealizado por sua equipe em meio à pandemia de covid-19. O programa fez com que empregadores e funcionários fizessem acordos que evitassem maiores demissões. Foi possível negociar reduções de jornadas (e salários) e suspensão do contrato de trabalho. Em contrapartida, a União arcou com porcentagens do seguro-desemprego.
“Recuperação da economia brasileira em V”
Por fim, o ministro da Economia citou dados também divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme registrado por Oeste mais cedo, a entidade reforçou que houve queda no desemprego no Brasil. “O IBGE também soltou dado que confirma esse avanço, essa recuperação da economia brasileira em V [forte queda seguida de forte alta], quando anunciou quase 4 milhões de aumento na população ocupada”, relatou Guedes.
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Anderson Scardoelli, Revista Oeste