Nem sempre o fato de se ocupar o Palácio do Planalto significa poder
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O establishment midiático desinforma a população, enquanto as mídias independentes e o governo não são páreos para, em tempo hábil, desmascarar a mentira.
A discrepância entre os aparatos de informação revolucionários e os saudáveis é responsável não só pela insanidade que escraviza o cidadão e arruína o país, mas por reescrever a história diante das testemunhas oculares dos fatos narrados.
Conservadores, se vislumbram algum ganho politico e cultural no Brasil, precisam observar o tamanho e a sagacidade do adversário.
Não parece uma boa tática seguir fora das instituições e dos espaços tomados pelos revolucionários.
Somente a internet e as mídias independentes, como temos visto, não são suficientes para obter o êxito.
O que todo o “jornalismo profissional” está fazendo com os conservadores e o governo é judiação e humilhação.
O serviço que eles prestam ao Brasil é digno de folhetins de quinta e tablóides de propaganda revolucionária.
Contudo, para a direita, a surra que vem recebendo diariamente ainda não foi suficiente para que ela caísse em si, percebesse os equívocos e reconfigurasse as prioridades.
Enquanto houver a preferência pelas Câmaras Legislativas ao invés da vontade de marcar presença no jornalismo, perderemos nos dois.
A guinada ao meio jornalístico e à produção de conteúdo entre a elite midiática deveria ser inversamente proporcional ao atual desejo que a direita tem de ocupar vagas no Parlamento.
A direita brasileira precisa fazer uma melhor leitura da realidade se quiser algum êxito; precisa perceber que perdeu algumas batalhas nesses campos e carece de uma reorganização.
Para que se possa obter sucesso, é preciso reconhecer as avassaladoras derrotas sofridas, recuar e traçar uma nova estratégia.
A sanidade dos indivíduos de nossa nação depende muito desse reagrupamento.
Voltar às primeiras coisas, como cuidar da situação micro, ou seja, educar-se, cuidar da educação dos seus, conviver na comunidade local, estar nas universidades disputando o espaço nas faculdades de direito, história e, principalmente, jornalismo — sem esquecer da educação infantil, ocupando os cursos dessa área.
Há muito o que se fazer fora do meio de ação político, no qual, precisamos admitir, falhamos.
Devemos abandonar, então, a política?
De modo algum: precisamos simplesmente redirecionar os nossos canhões para uma esfera na qual teremos maior poder de ação e resultados mais efetivos.
Lacrações com poucos caracteres nas redes sociais servem apenas para afagar o ego da direita em geral e fazer com que se auto engane, pois o efeito é efêmero e ilusório.
Do contrário, caminharemos a passos largos para uma sociopatia generalizada.
Lucas Campos, estudosnacionais.com