sábado, 31 de agosto de 2019

Atiradores deixam ao menos 5 mortos e 21 feridos em cidades no Texas, diz polícia

Dois atiradores em diferentes veículos deixaram ao menos cinco mortos e 21 feridos neste sábado (31) nas cidades de Midland e Odessa, no Texas (EUA), de acordo com informações da polícia local.
Um dos suspeitos foi morto no cinema Cinergy, em Odessa, segundo a polícia. Não há mais atiradores ativos na região.
"Um sujeito (possivelmente dois) está dirigindo em torno de Odessa atirando em pessoas aleatoriamente", afirmou a polícia local em sua página no Facebook por volta das 18h30, horário de Brasília.
Segundo informações iniciais, um dos suspeitos, que dirigia uma picape da marca Toyota, teria disparado contra um policial na rodovia interestadual I-20. O outro suspeito teria roubado um veículo do serviço postal americano. 
Entre os feridos há ao menos três policiais, de acordo com o canal de TV CBS 7.
 
No começo do mês, um ataque a tiros em um hipermercado Walmart em El Paso, também no Texas, deixou 22 mortos. A cidade fica a 447 km de Odessa.
No dia 3, pela manhã, um homem abriu fogo contra clientes que faziam compras na cidade na fronteira com o México.
Treze horas mais tarde, nove pessoas foram mortas e mais 27 feridas em um segundo atentado, em Dayton, no estado de Ohio. 
O acusado da chacina em El Paso disse às autoridades que tinha mexicanos como alvo e confessou ter cometido o tiroteio, segundo a polícia local.
Desde 1982, 114 massacres com uso de armas ocorreram nos Estados Unidos. Locais de trabalho, escolas e igrejas se acostumaram a testemunhar tiroteios que, na última década, cresceram em números.
Segundo levantamento realizado pela revista americana Mother Jones, que exclui assaltos e confrontos entre gangues e só considera ataques em lugares públicos com quatro ou mais vítimas, entre 2010 e 2019 ocorreram 63 ações do tipo nos EUA, mais que o triplo da década anterior —20 episódios, que geraram 171 mortes no total. 
Considerando as vítimas dos dois casos ocorridos no início de agosto, o saldo de 2010 até agora é de 526 mortes, aumento de 207% em relação ao período entre 2000 e 2009.

Reuters