terça-feira, 19 de março de 2019

Brasil e EUA se comprometem a reduzir barreiras comerciais e de investimento

Casa Branca divulgou nesta terça-feira, 19, um comunicado conjunto sobre a visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. No texto, o Executivo americano afirma que os dois países concordaram em reduzir barreiras comerciais e de investimentos. 
Entre elas, estão a importação de 750 mil toneladas de trigo americano a uma tarifa zero de impostos e o estabelecimento de bases científicas para a importação de carne suína produzida nos EUA. 


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Segundo a CNI, o 'acesso à OCDE é uma oportunidade
para a modernização institucional do Brasil'. 
Foto: AP Photo/Evan Vucci
Os americanos, por sua vez, concordaram em marcar uma visita técnica para avaliar as condições sanitárias da carne bovina brasileira para exportação. Foi anunciada também a criação de um fundo de US$ 100 milhões para investimento na Amazônia.
Os EUA concordaram também, de acordo com o comunicado, em apoiar a iniciativa brasileira de entrar na OCDE. Em troca, Bolsonaro concordou em deixar de buscar tratamento especial em demandas na OMC. 
Quanto à questão da isenção de visto para americanos, Trump ofereceu como contrapartida tomar os passos necessários para que o Brasil entre no programa de "viajente confiável" do Departamento de Segurança Interna 

Empresários

Empresários brasileiros não esperam que a visita do presidente Jair Bolsonaro gere, no curto prazo, medidas concretas que reforcem o fluxo comercial entre os dois países. Este é o resultado de uma pesquisa inédita realizada pela Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham Brasil) com 252 presidentes e diretores de empresas de companhias atuam em diversos setores do País.

Para 86% desses empresários, o governo brasileiro está empenhado em uma real aproximação. Dos que se mostraram otimistas, 49% acham que a visita de março ainda não trará efeitos concretos no fluxo comercial, mas 37% acreditam que o encontro resultará em ações práticas. Outros 12% se mantiveram neutros e disseram que ainda é cedo para avaliar os efeitos.

O Estado de S.Paulo