Para enxugar o tamanho do atual Ministério, haverá pelo menos mais quatro fusões, além dos já anunciados 'superministério' da Economia, que abrigará Planejamento, Fazenda e Indústria Comércio, e a união de Agricultura e Meio Ambiente. O organograma foi discutido na terça-feira durante a primeira reunião de Bolsonaro com sua equipe, após a eleição.
O 'superministério' de Infraestrutura, englobando Transporte e Minas e Energia, foi descartado nesta quarta-feira pelo vice-presidente eleito General Hamilton Mourão . Segundo ele, Minas e Energia seguirá como uma pasta autônoma.
A Casa Civil, que terá como chefe o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), assumirá também as atribuições da secretaria de Governo. Na atual administração, Casa Civil está sob o comando do ministro Eliseu Padilha, e o Governo com o ministro Carlos Marun.
Justiça com Segurança Pública
Na nova estrutura, caberá a Onyx acumular as atribuições de fazer a interlocução com o Congresso e também de coordenar as ações estratégicas do Planalto e assessorar diretamente o presidente. O deputado federal, articulador político da campanha, disputa com Paulo Guedes, anunciado como futuro ministro da Economia, o posto de homem-forte de Bolsonaro.
Já o Ministério da Justiça, para o qual está sendo cotado o juiz federal Sergio Moro, deve agregar a Segurança Pública. O combate à violência sempre foi colocado como uma prioridade da campanha Bolsonaro, que como parlamentar encampou o tema como sua principal bandeira. Nesta quinta-feira, o juiz é esperado no Rio para uma visita ao presidente eleito.
Outra fusão deve ocorrer no Ministério da Educação, que abarcará Cultura e Esporte. J á a pasta de Ciência e Tecnologia, para a qual foi confirmado nesta quarta-feira o astronauta Marcos Pontes , deverá ser responsável também pelo Ensino Superior.
Já a pasta de Integração Nacional deve assumir as competências dos atuais ministérios das Cidades e Turismo. Outra proposta, segundo o organograma, é que o Ministério do Desenvolvimento Social assuma as atribuições da pasta de Direitos Humanos.
Seguem como ministérios independentes Defesa, Saúde, Trabalho, Relações Exteriores e o Gabinete de Segurança Institucional.
O Banco Central deve se tornar independente e perderá a status de ministério. O futuro da Secretaria-geral da Presidência; Transparência e Controladoria-Geral e a Advocacia-Geral da União ainda está em discussão.
Confira como devem ser os ministérios de Bolsonaro:
1) Casa Civil - assumindo funções do Governo
2) Economia - fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior
3) Defesa
4) Saúde
5) Ciência e Tecnologia (com ensino superior)
6) Educação, Esportes e Cultura
7) Trabalho
8) Minas e Energia
9) Justiça e Segurança
10) Integração Nacional ( com Cidades e Turismo)
11) Infraestrutura, englobando Transportes
12) Gabinete de Segurança Institucional
13) Desenvolvimento Social (com Direitos Humanos)
14) Relações Exteriores
15) Agricultura e Meio Ambiente
Jussara Soares, O Globo