CARACAS — Cinco opositores presos foram libertados na noite desta segunda-feira na Venezuela, um dia após o início do diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e seus adversários, anunciaram os líderes da oposição venezuelana.
Carlos Ocariz, prefeito da cidade de Sucre, informou em seu perfil no Twitter que Carlos Melo, Andrés Moreno e Marco Trejo foram soltos, e publicou fotos dos três com a mensagem: "estamos avançando".
Em seguida, o secretário-executivo da coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba, divulgou os nomes de Coromoto Rodriguez e Andrés Leon.
No domingo, delegados do governo e da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) acertaram uma agenda para o diálogo diante da grave crise política que abala o país, sob a supervisão do Vaticano e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Agentes do serviço de inteligência prenderam Melo no dia 31 de agosto passado, sob a acusação de posse de material explosivo. Moreno e Trejo foram detidos em setembro, após produzirem um vídeo para o partido opositor Primeiro Justiça pedindo reflexão aos militares diante da crise, considerado pelo governo como uma incitação à revolta.
Ocariz esteve entre os representantes da oposição presentes na reunião de domingo.
No início das conversações, Jesús Torrealba havia solicitado ao governo "gestos concretos" da disposição do diálogo.
— Sem gestos concretos de libertação de presos políticos, o diálogo não pode prosseguir — disse Torrealba.
Segundo a oposição, na Venezuela há mais de 100 "presos políticos", entre eles alguns de alto perfil como o líder Leopoldo López e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma.