segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Governo Dilma ´trambique` tromba com informações do fabricante

Ao justificar escala de Dilma em Lisboa por falta de autonomia do avião presidencial, governo tromba com informações do fabricante. Confiram

Blog Ricardo Setti - Veja

FAB 001 Santos Dumont, que chegou em Brasília em 15 de janeiro de 2005 (Foto: U. Dettmar)
O FAB 001 “Santos Dumont”, ao aterrissar pela primeira vez em Brasília a 15 de janeiro de 2005: autonomia indicada pela fábrica é maior do que diz o governo (Foto: U. Dettmar)

O leitor e amigo do blog Moacir 1 enviou há pouco um comentário que me chamou a atenção para o tema.

É o seguinte: em nota divulgada ontem, e publicada hoje pela Folha de São Paulo, a Presidência da República afirma que a parada técnica da presidente Dilma Rousseff em Lisboa foi “adequada” porque o Airbus presidencial não tem autonomia para voar de Zurique, na Suíça, a Cuba onde Dilma cumpre agenda oficial a partir de hoje.

A “parada técnica” e a hospedagem de Dilma e comitiva em hotéis caríssimos causou polêmica nas redes sociais.

Pois muito bem, o Airbus A319 Corporate Jetliner – A319CJ –, usado pela Presidência da República, ex-”Aerolula” e cujo nome oficial é Santos Dumont, tem, segundo seu fabricante, o consórcio europeu Airbus Industries, autonomia de voo de 11.100 quilômetros.

Vocês podem conferir aqui, no site da Airbus.

Sabem qual é a distância entre as capitais mundiais do capitalismo e do comunismo, a saber, Davos e Havana — como brinca o leitor Moacir 1?

8.199 quilômetros APENAS!

E o avião poderia ter voado mais de 11 mil quilômetros sem reabastecer.

E então? Como é que ficamos?

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