quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

BC dos Estados Unidos corta mais US$ 10 bi do programa de estímulo à economia

BC dos Estados Unidos corta mais US$ 10 bi do programa de estímulo à economia Globo

  • Na última reunião com Bernanke como presidente, Fed anuncia que passará a injetar US$ 65 bi por mês por meio de compras de títulos, US$ 20 bi a menos que no início do programa
 
Prédio do Fed em Washington: “Indicadores do mercado de trabalho estavam mistos, mas, no geral, mostraram melhoria”, diz comunicado após a reunião Foto: Andrew Harrer / Bloomberg
Prédio do Fed em Washington: “Indicadores do mercado de trabalho estavam mistos, mas, no geral, mostraram melhoria”, diz comunicado após a reunião Andrew Harrer / Bloomberg
WASHINGTON - O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira mais um corte de US$ 10 bilhões no programa de estímulos à economia. Com a decisão, tomada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o Fed passará a injetar US$ 65 bilhões por mês por meio de compras de títulos do Tesouro (US$ 35 bilhões) e de hipoteca (US$ 30 bilhões). São US$ 20 bilhões a menos que no início da terceira e maior fase do programa de afrouxamento monetário(quantitative easing, ou QE na sigla em inglês), iniciada em setembro de 2012.
A redução era amplamente esperada por analistas de Wall Street, após o primeiro corte, em dezembro de 2013. Pela primeira vez desde junho de 2011, a decisão dos diretores da instituição foi unânime. A reunião foi a última sob o comando de Ben Bernanke, que será sucedido na próxima segunda-feira pela atual vice-presidente, Janet Yellen.
O comunicado do Fed foi exatamente igual ao emitido em dezembro. A instituição optou por manter a estratégia traçada no ano passado, respondendo à melhoria gradual da economia americana, observada principalmente nos números do desemprego.
“Indicadores do mercado de trabalho estavam mistos, mas, no geral, mostraram melhoria. A taxa de desemprego caiu, mas permanece elevada”, diz o comunicado assinado por Bernanke.
O Fed deixou também inalterada a declaração de que provavelmente manterá a taxa de juros próximas a zero “bem depois” de a taxa de desemprego cair para menos de 6,5%, considerada uma marca importante para medir o desempenho da economia.