sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Fisher, do BC americano: países como Brasil vão ter tempos difíceis com retirada de estímulos

Sobre turbulência em mercados emergentes, presidente do Fed de Dallas afirmou: ‘Não está ao nosso alcance ser o banco central do mundo’

O Globo
Com agências internacionais
 
FORT WORTH, Texas - Países, como o Brasil, que usaram dinheiro barato dos programas de recompras de títulos do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para ampliar o consumo devem passar por dificuldades, à medida que o banco reduz estímulos à economia. A análise é de Richard Fisher, presidente do Fed de Dallas e membro votante do painel de política monetária do Fed.

Segundo Fisher, México, Polônia e outros países que optaram por reeestruturar suas economias, devem passar melhor pela transição. Durante evento na Neeley School of Business, no Texas, ele destacou ainda que o Fed não faz política monetária baseada nas necessidades de outros países.
- Não está ao nosso alcance ser o banco central do mundo - afirmou Fisher.

Nesta quarta-feira, o BC americano anunciou mais um corte de US$ 10 bilhões no programa de estímulos, dando prosseguimento à retirada gradual das compras mensais de títulos, à medida que a economia americana mostra mais sinais de recuperação, o que vem causando turbulência em mercados emergentes, devido ao risco da fuda de dólares.

- Se estivermos fortes, outros vão se beneficiar disso.