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TIM BRADSHAW
DO "FINANCIAL TIMES", EM SAN FRANCISCO
DO "FINANCIAL TIMES", EM SAN FRANCISCO
A Netflix agora tem mais assinantes fora dos Estados Unidos do que em seu mercado de origem, reportou o serviço de TV via internet nesta segunda-feira (17).
Isso contribuiu para um crescimento superior ao esperado na audiência e para a alta de quase 11% registrada por suas ações depois do fechamento dos mercados.
Em abril, a Netflix superou a marca dos 100 milhões de espectadores pela primeira vez. O crescimento de sua audiência tanto nos Estados Unidos quanto no exterior superou as projeções dos analistas, com o avanço dos serviços de streaming de TV na Europa. A Netflix registrou alta líquida de 1,07 milhão de assinantes nos Estados Unidos e 4,14 milhões no mercado internacional.
Isso quer dizer que os 52 milhões de assinantes do serviço de streaming da Netflix fora dos Estados Unidos superaram pela primeira vez o número de assinantes da empresa em seu país, 51,9 milhões. Outro indicador inédito foi o anúncio pela Netflix de que suas operações internacionais sairiam do vermelho neste ano.
"No segundo trimestre, subestimamos a popularidade de nossa forte seleção de conteúdo, o que levou a aquisição [de assinantes] superior à esperada em todos os grandes territórios", afirmou a Netflix em sua mais recente carta aos acionistas.
As ações da empresa subiram em mais de 10,7% depois do fechamento dos mercados, e chegaram a US$ 177,98.
A receita geral do grupo cresceu em 32%, para US$ 2,79 bilhões, um pouco acima da projeção média de US$ 2,76 bilhões dos analistas de Wall Street, e o lucro líquido cresceu em 60%, para US$ 66 milhões. O lucro por ação, US$ 0,15, ficou 1% abaixo da projeção de consenso dos analistas mas cumpriu o previsto pela companhia.
Em meio à rápida expansão do serviço de streaming na Europa, Reed Hastings, cofundador e presidente-executivo da Netflix, insiste em que sua empresa escapará ao tipo de censura regulatória que vem atingindo outras empresas do Vale do Silício, como o Google e o Facebook, na região.
Porque está realizando "grandes investimentos" em conteúdo local e estúdios de produção na França, Alemanha e Espanha, Hastings disse esperar que a Netflix visse "uma dinâmica realmente diferente", ainda que as autoridades regulatórias estejam preocupadas com a crescente influência das empresas de tecnologia dos Estados Unidos na Europa.
"Pense em nós muito mais como uma empresa que seleciona ótimo conteúdo e o compartilha com o planeta, e não como uma empresa de tecnologia desordenadora", ele disse em resposta à pergunta de um analista nesta segunda.
As temporadas mais recentes das séries "House of Cards" e "Orange is the New Black", acompanhadas pelo novo sucesso "13 Reasons Why", conduziram a base de assinantes de vídeo da Netflix de 83 milhões no ano passado a 104 milhões no segundo trimestre fiscal da companhia. O ganho líquido de assinantes foi de 5,2 milhões, dois milhões acima do total previsto pela Netflix três meses atrás, e mais alto também que as projeções dos analistas.
PRÓXIMO PERÍODO
A empresa prevê que esse ímpeto será mantido no terceiro trimestre. Também projetou um ganho líquido de 4,4 milhões de assinantes, com receita de US$ 2,96 bilhão, lucro líquido de US$ 143 milhões e lucro por ação de US$ 0,43 —números superiores ao consenso das atuais projeções de Wall Street.
Depois do sucesso de séries como "Stranger Things" e "Master of None", a programação original da Netflix foi indicada a 91 prêmios Emmy na semana passada. Mas todo esse conteúdo custa caro. A Netflix anunciou que projeta desembolsos de até US$ 2,5 bilhões este ano, e vai continuar captando dinheiro no mercado para financiar a produção de filmes e séries.
Como resultado da popularidade de seus "originais exclusivos" —conteúdo produzido pela companhia e não adquirido de um estúdio externo—, a Netflix anunciou que a expectativa é de que seu "fluxo de caixa continue negativo por muitos anos".
Isso contribuiu para um crescimento superior ao esperado na audiência e para a alta de quase 11% registrada por suas ações depois do fechamento dos mercados.
Em abril, a Netflix superou a marca dos 100 milhões de espectadores pela primeira vez. O crescimento de sua audiência tanto nos Estados Unidos quanto no exterior superou as projeções dos analistas, com o avanço dos serviços de streaming de TV na Europa. A Netflix registrou alta líquida de 1,07 milhão de assinantes nos Estados Unidos e 4,14 milhões no mercado internacional.
Isso quer dizer que os 52 milhões de assinantes do serviço de streaming da Netflix fora dos Estados Unidos superaram pela primeira vez o número de assinantes da empresa em seu país, 51,9 milhões. Outro indicador inédito foi o anúncio pela Netflix de que suas operações internacionais sairiam do vermelho neste ano.
"No segundo trimestre, subestimamos a popularidade de nossa forte seleção de conteúdo, o que levou a aquisição [de assinantes] superior à esperada em todos os grandes territórios", afirmou a Netflix em sua mais recente carta aos acionistas.
As ações da empresa subiram em mais de 10,7% depois do fechamento dos mercados, e chegaram a US$ 177,98.
A receita geral do grupo cresceu em 32%, para US$ 2,79 bilhões, um pouco acima da projeção média de US$ 2,76 bilhões dos analistas de Wall Street, e o lucro líquido cresceu em 60%, para US$ 66 milhões. O lucro por ação, US$ 0,15, ficou 1% abaixo da projeção de consenso dos analistas mas cumpriu o previsto pela companhia.
Porque está realizando "grandes investimentos" em conteúdo local e estúdios de produção na França, Alemanha e Espanha, Hastings disse esperar que a Netflix visse "uma dinâmica realmente diferente", ainda que as autoridades regulatórias estejam preocupadas com a crescente influência das empresas de tecnologia dos Estados Unidos na Europa.
"Pense em nós muito mais como uma empresa que seleciona ótimo conteúdo e o compartilha com o planeta, e não como uma empresa de tecnologia desordenadora", ele disse em resposta à pergunta de um analista nesta segunda.
As temporadas mais recentes das séries "House of Cards" e "Orange is the New Black", acompanhadas pelo novo sucesso "13 Reasons Why", conduziram a base de assinantes de vídeo da Netflix de 83 milhões no ano passado a 104 milhões no segundo trimestre fiscal da companhia. O ganho líquido de assinantes foi de 5,2 milhões, dois milhões acima do total previsto pela Netflix três meses atrás, e mais alto também que as projeções dos analistas.
PRÓXIMO PERÍODO
A empresa prevê que esse ímpeto será mantido no terceiro trimestre. Também projetou um ganho líquido de 4,4 milhões de assinantes, com receita de US$ 2,96 bilhão, lucro líquido de US$ 143 milhões e lucro por ação de US$ 0,43 —números superiores ao consenso das atuais projeções de Wall Street.
Depois do sucesso de séries como "Stranger Things" e "Master of None", a programação original da Netflix foi indicada a 91 prêmios Emmy na semana passada. Mas todo esse conteúdo custa caro. A Netflix anunciou que projeta desembolsos de até US$ 2,5 bilhões este ano, e vai continuar captando dinheiro no mercado para financiar a produção de filmes e séries.
Como resultado da popularidade de seus "originais exclusivos" —conteúdo produzido pela companhia e não adquirido de um estúdio externo—, a Netflix anunciou que a expectativa é de que seu "fluxo de caixa continue negativo por muitos anos".
Tradução de PAULO MIGLIACCI