sexta-feira, 28 de julho de 2017

Bill Gates volta a ser mais rico mundo, após queda das ações da Amazon

Mandel Ngan/Joel Saget/AFP
Dono da Amazon passa Bill Gates e se torna homem mais rico do mundo
Jeff Bezos (à esq.) e Bill Gates, as duas pessoas mais ricas do mundo


O posto de Jeff Bezos, fundador e presidente da Amazon, como a pessoa mais rica do mundo durou apenas algumas horas.

Com a queda das ações da gigante de comércio eletrônico, Bill Gates, fundador da Microsoft, voltou à liderança do ranking elaborado pela revista "Forbes".

Pela manhã desta quinta-feira (27), a fortuna de Bezos foi avaliada em US$ 90,6 bilhões, mas depois recuou no fim do dia para US$ 88,7 bilhões.

Isso ocorreu porque o patrimônio dele é muito dependente da Amazon, e as ações da empresa recuaram 0,65%, devido à expectativa de queda do lucro da empresa no segundo trimestre —o que acabou se confirmando, após o fechamento da Bolsa dos EUA, com contração de 77%.

A "Forbes" avalia a fortuna de Gates em US$ 89,8 bilhões.

O patrimônio de Bezos está principalmente em ações de sua companhia —ele mantém 17% do total.

O criador da Amazon também é dono do jornal "Washington Post" e da companhia Blue Origin, de exploração espacial.

A última vez em que Gates havia sido ultrapassado foi em 2016, quando o empresário espanhol Amancio Ortega, dono da marca Zara, ficou a sua frente por dois dias.

Pelo ranking da agência Bloomberg (que também calcula diariamente o patrimônio dos principais bilionários do planeta), Gates tem US$ 90,7 bilhões, e Bezos, US$ 89,3 bilhões.

A diferença nos cálculos se deve porque nem todos os bens desses empresários são divulgados publicamente (propriedades, dinheiro em banco etc.). Nesses casos nem sempre a investigação de Bloomberg e "Forbes" chega ao mesmo valor.


CARIDADE

Nos últimos anos, o ex-presidente da Microsoft tem feito várias doações de seu patrimônio, o que explica por que não detém uma folga maior nos rankings de bilionários.

Em 2010, Gates e o investidor Warren Buffett começaram a recrutar bilionários para que firmassem compromisso de doar ao menos metade de seus patrimônios para caridade, seja durante sua vida, seja em seus testamentos, em iniciativa conhecida como "Giving Pledge" (promessa de doação).

Em junho, Bezos usou o Twitter para demonstrar que também pretende atuar mais nessa frente. Ele pediu ideias a seus mais de 220 mil seguidores sobre como ele poderia fazer doações com impactos no curto prazo.